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16.07.2025 03:52 PM
Nasdaq atinge máximos: Nvidia dispara, Citigroup fecha em alta de 2008

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Nvidia impulsiona Nasdaq a novas máximas, enquanto o mercado mais amplo tropeça

Nesta terça-feira, o índice Nasdaq Composite alcançou mais um recorde histórico, impulsionado pela forte alta das ações da Nvidia. Enquanto isso, outros importantes índices de Wall Street recuaram, com investidores demonstrando pouco entusiasmo diante do novo relatório de inflação e da temporada de balanços dos bancos.

Setor de tecnologia lidera os ganhos
O Nasdaq fechou em alta em quatro das últimas cinco sessões — e já acumula oito recordes desde 27 de junho. O desempenho ressalta o impulso contínuo do índice, fortemente concentrado em empresas de tecnologia.

A Nvidia puxou os ganhos, subindo 4% após anunciar que retomará as vendas de seu chip H20, voltado para inteligência artificial, na China. A notícia animou todo o setor de semicondutores.

Ações de chips surfam a onda
Na esteira da alta da Nvidia, os papéis da Advanced Micro Devices e da Super Micro Computer saltaram mais de 6,4% cada. O índice de semicondutores avançou 1,3%, atingindo seu maior nível em um ano. Da mesma forma, o setor de tecnologia do S&P 500 também subiu 1,3%, alcançando uma nova máxima histórica.

Wall Street fecha mista
Apesar da escalada do Nasdaq, o mercado como um todo encerrou o dia com resultados mistos. O Nasdaq Composite ganhou 37 pontos e fechou aos 20.677. Já o Dow Jones caiu 436 pontos, encerrando aos 44.023, enquanto o S&P 500 recuou quase 25 pontos, ficando em 6.243.

Mercados se recuperam, mas o verdadeiro teste ainda está por vir
Nas últimas semanas, surgiram sinais de recuperação no mercado. As preocupações iniciais dos investidores com os possíveis danos das políticas comerciais do presidente Donald Trump — especialmente as novas tarifas — começaram a diminuir, permitindo que Wall Street recuperasse algum fôlego.

Balanços e inflação no centro das atenções
Esta semana representa um teste à melhora cautelosa do sentimento do mercado, com o início da temporada de balanços do segundo trimestre e a divulgação de dados importantes de inflação. A grande questão: as empresas começarão a repassar os custos tarifários aos consumidores?

Preços ao consumidor sobem, mas núcleo permanece estável
O primeiro grande indicador mostrou que os preços ao consumidor nos EUA em junho subiram no ritmo mais rápido em cinco meses, sugerindo que as tarifas já podem estar exercendo pressão inflacionária. Ainda assim, a inflação subjacente se manteve moderada, oferecendo certo alívio aos investidores diante do aumento mais amplo dos preços.

Bancos sinalizam resultados mistos
Os gigantes do setor financeiro apresentaram resultados variados. As ações do JPMorgan Chase caíram 0,7%, mesmo após o banco elevar sua projeção de receita líquida com juros para 2025. Já os papéis do Wells Fargo recuaram 5,5%, apesar dos lucros mais fortes impulsionados por uma redução nas provisões para perdas com empréstimos. O motivo? O banco revisou para baixo sua própria perspectiva de receita líquida com juros para o próximo ano.

BlackRock bate recorde, mas decepciona o mercado
A gestora de ativos BlackRock alcançou um novo marco em ativos sob gestão, mas a reação do mercado foi morna: suas ações caíram 5,9%. A queda mostra que os resultados atuais não são suficientes para dissipar as preocupações com o que pode vir pela frente.

Citigroup surpreende e atinge maior nível desde a crise financeira
Na contramão do mercado, as ações do Citigroup subiram 3,7%, atingindo o maior valor desde a crise financeira global. O fator surpresa foi o forte desempenho da área de negociações, que impulsionou significativamente os lucros do segundo trimestre.


Mercados asiáticos sob pressão com alta do dólar
Nesta quarta-feira, os mercados acionários da Ásia enfrentaram pressão após a divulgação de novos dados de inflação dos EUA. Os números indicaram que as tarifas estão começando a elevar os preços, reduzindo as expectativas de uma postura mais branda por parte do Federal Reserve. Como resultado, o dólar se valorizou frente ao iene, atingindo seu nível mais alto desde o início de abril.

Juros dos Treasuries sobem e fortalecem o dólar
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram para o maior nível em mais de um mês, reforçando a atratividade do dólar. Juros mais altos tornam os ativos americanos mais interessantes para investidores globais, impulsionando ainda mais a demanda pela moeda.

Ações de tecnologia resistem à incerteza
Ao contrário da fraqueza geral do mercado, os papéis de tecnologia mantiveram estabilidade. A Nvidia, favorita no setor de inteligência artificial, subiu 4% na noite anterior, sustentando o sentimento positivo no segmento tecnológico mais amplo.

Petróleo estável; inflação avança
Os preços do petróleo Brent permaneceram estáveis, oscilando em torno de US$ 69 por barril. Enquanto isso, o índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,3% em junho — o maior avanço mensal desde janeiro. Economistas atribuíram o aumento a itens como café e produtos domésticos, afetados pela nova rodada de tarifas de importação implementadas por Donald Trump.

Mercados asiáticos mistos em meio à cautela
No início do pregão desta quarta-feira, os mercados da região Ásia-Pacífico apresentaram desempenho variado. O índice ASX 200 da Austrália e o KOSPI da Coreia do Sul recuaram cerca de 0,6%, refletindo a contínua cautela dos investidores diante das incertezas econômicas globais.

China recua levemente; Japão se mantém estável
O índice de blue chips da China continental caiu 0,1%, sinalizando um sentimento de mercado contido. Já o Nikkei do Japão ficou estável, com os ganhos da fabricante americana de chips Nvidia e a fraqueza do iene ajudando a compensar as oscilações anteriores. A desvalorização do iene favoreceu os exportadores japoneses, contribuindo para a estabilidade do índice.

Taiwan e Hong Kong em alta
O índice de referência de Taiwan subiu 0,5%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong avançou 0,8%, ampliando o rali de 1,6% registrado na terça-feira. A força contínua das ações de tecnologia continua impulsionando o ímpeto em ambas as regiões.

Futuros dos EUA recuam
Os contratos futuros do S&P 500 caíram 0,2%, após a queda de 0,4% do índice principal na sessão anterior. Os investidores permanecem cautelosos à espera dos próximos balanços corporativos e atentos à possibilidade de novas ações comerciais vindas de Washington.

Dólar se aproxima de máxima em várias semanas
O dólar americano manteve-se firme, sendo negociado próximo das máximas recentes frente às principais moedas. O índice do dólar permaneceu estável em 98,545, pouco abaixo do pico de 98,699 alcançado na terça-feira — o maior nível desde o final de junho. A resiliência da moeda está sustentada pelas expectativas em torno das decisões do Federal Reserve e pela demanda por ativos de proteção.

Thomas Frank,
Analytical expert of InstaTrade
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