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01.08.2025 04:20 PM
Queda dos gigantes: Amazon arrasta Nasdaq para baixo, dólar atinge a maior alta em três anos

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Wall Street recua com esfriamento do entusiasmo por balanços

As ações dos EUA fecharam em queda nesta quinta-feira, após ganhos iniciais se dissiparem ao longo do pregão. Investidores mantiveram uma postura cautelosa antes da divulgação dos resultados trimestrais das gigantes de tecnologia Amazon e Apple, após o fechamento do mercado.

Microsoft atinge marco de US$ 4 trilhões

As ações da Microsoft subiram 3,5% após a divulgação de resultados financeiros sólidos. A capitalização de mercado da empresa ultrapassou momentaneamente a marca dos US$ 4 trilhões, tornando-se apenas a segunda companhia de capital aberto a alcançar esse feito — após a Nvidia.

Nem toda tecnologia brilha: fabricantes de chips tropeçam

Algumas ações ligadas à inteligência artificial enfrentaram dificuldades, mesmo diante do otimismo geral no setor de tecnologia. A Broadcom caiu 2,9%, enquanto a Nvidia recuou 0,8%. Essas perdas puxaram o índice PHLX Semiconductor para baixo, com uma queda de 3,1% — seu pior desempenho diário desde 16 de abril.

Amazon cai no pós-mercado

Após o fechamento, as ações da Amazon recuaram 2,6% nas negociações estendidas, após um relatório de resultados que ficou aquém das expectativas dos investidores.

Resumo do mercado:

  • Dow Jones caiu 330,30 pontos (–0,74%), a 44.130,98;
  • S&P 500 recuou 23,51 pontos (–0,37%), a 6.339,39;
  • Nasdaq Composite perdeu 7,23 pontos (–0,03%), a 21.122,45.

Wall Street se recupera com alívio nas tensões comerciais

Após uma forte liquidação em abril causada por uma nova onda de tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, as ações dos EUA ensaiaram uma recuperação notável. O alívio veio após uma série de acordos de distensão comercial com parceiros internacionais estratégicos, reduzindo o risco de novas tarifas.

Desempenho mensal: ganhos consistentes nos principais índices

O S&P 500 subiu 2,17% no mês, enquanto o Nasdaq avançou 3,7%. Já o Dow Jones registrou um leve ganho de 0,08%. Foi o terceiro mês consecutivo de alta para os três principais índices, sinalizando uma confiança persistente dos investidores.

Farmacêuticas pressionadas pela Casa Branca

As ações do setor farmacêutico despencaram após um anúncio do governo. O presidente Trump enviou cartas aos CEOs de 17 grandes fabricantes de medicamentos, exigindo ações imediatas para reduzir os preços dos remédios nos Estados Unidos. O índice NYSE Arca Pharmaceutical caiu 2,9%, sua maior queda desde 14 de maio, acumulando a quarta sessão seguida de perdas.

Mercados asiáticos recuam diante de novo choque tarifário

As bolsas asiáticas caíram nesta sexta-feira em reação a uma nova rodada de tarifas de importação dos EUA contra dezenas de parceiros comerciais globais. Agora, os investidores estão atentos aos dados de emprego dos EUA, que poderão influenciar significativamente a decisão do Federal Reserve sobre um possível corte de juros no próximo mês.

O novo mapa de tarifas: quem é afetado e em quanto

Na última quinta-feira, o presidente Trump assinou uma diretriz impondo uma ampla gama de tarifas de importação que variam de 10% a 41%. O detalhamento inclui:

  • Índia: 25 por cento
  • Taiwan: 20 por cento
  • Tailândia: 19 por cento
  • Coreia do Sul: 15 por cento

EUA aumentam pressão comercial: tarifas mais altas para o Canadá

Os Estados Unidos elevaram as tarifas sobre importações canadenses de 25% para 35%, atingindo produtos não cobertos pelo acordo trilateral USMCA com México e Canadá. Enquanto isso, o México recebeu um prazo de carência de 90 dias antes que as novas tarifas entrem em vigor, abrindo espaço para negociações comerciais mais amplas.

Taiwan adota postura cautelosa
O presidente taiwanês, Lai Ching-te, comentou que a nova alíquota tarifária tem caráter temporário e poderá ser reduzida assim que um acordo bilateral for firmado.

Bolsas asiáticas recuam e semana termina em tom negativo
Os mercados asiáticos encerraram a semana em queda. O índice amplo MSCI para a região Ásia-Pacífico (excluindo o Japão) recuou 0,7%, acumulando perdas de 1,8% na semana.

O índice sul-coreano KOSPI teve a maior queda, com 3%. O principal índice de Taiwan caiu 0,9%. O Nikkei do Japão recuou 0,4%. O CSI 300 da China fechou estável, enquanto o Hang Seng de Hong Kong subiu discretamente, com alta de 0,2%.

Pressão se espalha: futuros recuam após decepção com a Amazon
Os futuros do índice europeu EUROSTOXX 50 caíram 0,2%. Os futuros dos EUA seguiram a mesma tendência, com os contratos do Nasdaq e do S&P 500 recuando também 0,2%. A queda veio após a Amazon divulgar lucros abaixo do esperado, fazendo suas ações despencarem 6,6% nas negociações após o fechamento do mercado.

Apple desafia o pessimismo com previsão otimista
Em contraste, a Apple apresentou resultados trimestrais fortes e projetou uma receita acima das expectativas dos analistas. A empresa citou compras antecipadas de iPhones por consumidores tentando evitar tarifas futuras. Após o anúncio, as ações da Apple subiram 2,4% no pós-mercado.

Dólar canadense ignora manchetes sobre tarifas
O dólar canadense teve pouca reação às novas tarifas. A moeda já havia se desvalorizado cerca de 1% nesta semana, atingindo o menor nível em dez semanas.

Iene recua enquanto Banco do Japão mantém tom cauteloso
O iene japonês foi a moeda que mais perdeu valor durante a noite. O dólar americano subiu 0,8%, atingindo 150,7 ienes — o maior nível desde o final de março. Apesar de o Banco do Japão ter mantido as taxas de juros inalteradas e elevado sua projeção de inflação de curto prazo, o presidente Kazuo Ueda adotou um tom mais dovish do que o esperado pelos mercados, o que esfriou o sentimento dos investidores.

Preços do petróleo se estabilizam após queda anterior
Os preços do petróleo permaneceram praticamente estáveis após uma queda de 1% na sessão anterior. O WTI, referência nos EUA, avançou 0,1%, para 69,36 dólares por barril, enquanto o Brent subiu 0,2%, sendo negociado a 71,84 dólares.

Ouro recua levemente
O preço do ouro à vista teve uma leve baixa, fechando em 3.286 dólares por onça.

Thomas Frank,
Analytical expert of InstaTrade
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