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S&P 500
Visão geral para 1º de maio
PIB contrai, mas mercado dos EUA sobe
Principais índices dos EUA na sexta-feira: Dow +0,4%, Nasdaq -0,1%, S&P 500 +0,2%.
S&P 500: 5.560 pontos, dentro da faixa de negociação entre 5.150 e 5.800.
O mercado acionário dos EUA começou o dia tentando recuperar parte das perdas recentes. No entanto, a mentalidade de "comprar na baixa" prevaleceu, permitindo que os principais índices encerrassem a sessão bem acima das mínimas intradiárias.
O S&P 500, que chegou a cair 2,3% ao longo do dia, terminou com alta de 0,2%, revertendo o desempenho negativo. A queda inicial foi impulsionada por temores de estagflação, após a divulgação de um relatório fraco do PIB do primeiro trimestre: contração de 0,3% no crescimento, combinada a um aumento de 3,7% no deflator de preços do PIB.
Outro fator de pressão veio do relatório de emprego da ADP, que apontou a criação de apenas 62 mil vagas no setor privado em abril — bem abaixo da estimativa de consenso de 128 mil — aumentando a apreensão do mercado. As preocupações com o consumo também cresceram após resultados decepcionantes da Starbucks (SBUX 80,05, -4,80, -5,7%) e da Norwegian Cruise Line Holdings (NCLH 16,03, -1,35, -7,8%), que lançaram dúvidas sobre a força da demanda dos consumidores.
A recuperação dos índices coincidiu com a divulgação, às 10h (ET), do relatório de renda e gastos pessoais de março, que apresentou estabilidade nos núcleos dos índices de preços PCE — principal métrica de inflação do Fed — trazendo algum alívio para os investidores.
Dos 11 setores do S&P 500, sete encerraram o dia em alta, com destaque para os setores de saúde (+0,9%) e industrial (+0,8%). Já energia (-2,6%) e consumo discricionário (-1,1%) lideraram as perdas.
Destaques dos dados econômicos do dia:
O Índice de Custo de Emprego (ECI) do primeiro trimestre aumentou 0,9%, em linha com as expectativas para o período de três meses encerrado em março de 2025. O resultado repetiu o avanço observado no trimestre anterior (encerrado em dezembro de 2024). Os salários cresceram 0,8%, desacelerando em relação aos 1,0% registrados anteriormente, enquanto os custos com benefícios subiram 1,2%, superando os 0,8% do trimestre anterior.
A principal conclusão é que o crescimento dos custos de mão de obra perdeu força em comparação ao ano anterior. Nos 12 meses encerrados em março de 2025, os custos totais de compensação aumentaram 3,6%, frente a 4,2% no mesmo período do ano anterior.
O relatório do PIB do 1º trimestre mostrou uma contração real de 0,3% (consenso: +0,4%), com as exportações líquidas subtraindo expressivos 4,83 pontos percentuais do crescimento — uma reversão significativa em relação à contribuição positiva de 2,4 p.p. no 4º trimestre de 2024.
O deflator de preços do PIB subiu 3,7% (consenso: 3,1%), após um avanço de 2,3% no trimestre anterior. A leitura sugere que as medidas tarifárias adotadas recentemente contribuíram para pressões inflacionárias, refletidas também no salto de 41,3% nas importações. Por outro lado, os gastos do consumidor cresceram 1,8% — um resultado sólido, mas inferior ao ritmo de 4,0% observado no trimestre anterior.
Outros indicadores também trouxeram sinais mistos sobre a atividade econômica:
No lado da inflação, os dados foram levemente positivos:
Esses dados sugerem uma aceleração nos gastos dos consumidores, possivelmente antecipando a entrada em vigor das novas tarifas.
O componente habitacional da inflação também trouxe alívio: o índice PCE habitacional anual caiu de 2,7% para 2,3%, enquanto o núcleo habitacional recuou de 3,0% para 2,6%.
Por fim, as vendas pendentes de imóveis subiram 6,1% em março (consenso: -0,2%), após um aumento revisado de 2,1% em fevereiro (anteriormente 2,0%).
O foco dos mercados nesta quinta-feira será: