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Hoje, o par USD/CAD opera em território positivo, mantendo-se dentro de uma faixa já conhecida, mas sem apresentar um impulso de compra expressivo.
A valorização do dólar norte-americano, após dois dias de recuo, é atribuída aos dados positivos do ISM Services PMI, que sustentam o otimismo quanto à atividade econômica dos EUA. No entanto, a persistente incerteza em torno da política comercial do presidente Trump tem impedido os compradores do dólar de adotarem uma postura mais agressiva.
Como o dólar canadense tem forte correlação com as commodities, especialmente o petróleo, é relevante acompanhar os preços da matéria-prima, que mostram sinais de recuperação após a queda registrada durante a sessão americana de ontem. As expectativas em torno de um possível acordo comercial entre Estados Unidos e Canadá também oferecem suporte à moeda canadense, limitando, assim, o potencial de alta do par USD/CAD. Segundo o presidente dos EUA, Donald Trump, o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, está em busca de finalizar o acordo durante sua visita à Casa Branca nesta semana.
Os investidores adotam uma postura cautelosa enquanto aguardam novos sinais sobre possíveis mudanças na política de juros do Federal Reserve. A atenção dos traders se volta para o desfecho da reunião de dois dias do FOMC, cujos resultados serão divulgados na quarta-feira, em busca de diretrizes sobre os próximos movimentos do par.
Para melhores oportunidades de negociação no dia, recomenda-se atenção aos indicadores econômicos tanto do Canadá quanto dos Estados Unidos.
Do lado dos riscos, os dados macroeconômicos mais recentes dos EUA já contribuíram para aliviar os temores de uma recessão, o que tem sustentado o dólar americano e o par USD/CAD. Ainda assim, os preços à vista permanecem próximos das mínimas desde outubro de 2024, sugerindo vulnerabilidade a uma continuidade da tendência de baixa vigente.
Sob a perspectiva técnica, o par segue oscilando dentro de uma faixa bem estabelecida, sem uma direção clara no curto prazo. Os osciladores no gráfico diário seguem em território negativo e ainda distantes de zonas de sobrevenda, reforçando o viés baixista e indicando que o caminho de menor resistência continua sendo descendente.
No entanto, para uma entrada mais segura em posições de venda, seria prudente aguardar uma confirmação de rompimento e fechamento sustentado abaixo do suporte de 1,3800. Uma queda subsequente pode levar o par em direção à mínima do ano, com potencial de extensão até o suporte intermediário em 1,3740 e, posteriormente, abaixo de 1,3700.
Por outro lado, o nível de 1,3860 configura a primeira resistência significativa antes de 1,3900. Um rompimento sustentado dessa região pode desencadear uma cobertura de posições vendidas e impulsionar o par em direção a 1,3955. Acima desse patamar, o movimento pode ganhar força, servindo como gatilho de curto prazo para os compradores.