Hoje, o índice do dólar dos EUA (DXY), que acompanha o desempenho da moeda em relação a uma cesta de divisas, está sendo negociado próximo à sua mínima semanal, continuando a lutar por relevância. A falta de interesse comprador e um cenário fundamentalmente baixista sugerem que o caminho de menor resistência para o índice permanece no lado negativo.

Os investidores estão antecipando novos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve em 2025, reforçados por dados abaixo do esperado tanto do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) quanto do Índice de Preços ao Produtor (PPI), divulgados na semana passada. Os números fracos das vendas no varejo também aumentaram a probabilidade de um crescimento econômico mais lento nos próximos trimestres. Esses fatores, somados ao inesperado rebaixamento da classificação de crédito do governo dos EUA, continuam pressionando o dólar.

Enquanto isso, o acordo entre os EUA e a China para uma redução significativa nas tarifas, acompanhado de uma trégua de 90 dias para a negociação de um pacto mais amplo, sinaliza uma diminuição nas tensões entre as duas maiores economias do mundo. Isso reduz os temores de recessão nos EUA e impede que os investidores adotem posições agressivamente baixistas, ajudando a limitar a desvalorização do dólar — apesar dos recentes comentários com viés hawkish por parte de alguns membros do FOMC.

Para esta terça-feira, não há previsões de divulgações econômicas relevantes capazes de impactar diretamente o mercado. Os investidores estarão atentos aos discursos de membros influentes do FOMC, que poderão influenciar o comportamento do dólar durante a sessão norte-americana.

Do ponto de vista técnico, os osciladores no gráfico diário permanecem em território negativo, indicando que o viés de baixa ainda prevalece. O nível de 100 é considerado um suporte fundamental.

Em relação ao desempenho atual da moeda americana, observa-se que o dólar teve seu maior fortalecimento frente ao dólar australiano.