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Após a mais recente sessão regular, os índices acionários dos E.U.A. fecharam em baixa. O S&P 500 caiu 0,67%, enquanto o Nasdaq 100 perdeu 1,00%. O índice industrial Dow Jones caiu 0,61%. Ontem, os mercados ficaram fechados por causa de um feriado, e somente os futuros foram negociados.
Durante o pregão asiático desta terça-feira, os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiram 1%, mantendo os ganhos após o feriado de segunda-feira. Esse rali foi impulsionado pela decisão do presidente Donald Trump de prorrogar por mais de um mês o prazo para a imposição de tarifas agressivas aos países da zona do euro. Enquanto isso, os futuros dos índices europeus recuaram levemente, e as ações asiáticas avançaram, revertendo as perdas registradas mais cedo no mesmo dia.
Os mercados de títulos também apresentaram recuperação, após o Japão sinalizar sua intenção de estabilizar o mercado de dívida pública, que vinha sofrendo vendas em massa. O dólar americano também recuperou parte do terreno perdido.
O rendimento dos títulos públicos japoneses de 20 anos caiu 19,5 pontos-base, depois que o Ministério das Finanças do país solicitou sugestões dos participantes do mercado sobre o volume adequado de emissão de títulos. Essa iniciativa indica um esforço para estabilizar um mercado pressionado pela elevação dos rendimentos a níveis recordes. Segundo relatos da imprensa, a pesquisa também incluiu perguntas sobre a situação atual do mercado — uma medida incomum, tanto pelo momento quanto pela abrangência do público consultado.
Nos Estados Unidos, o rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos recuou cinco pontos-base. Já os rendimentos dos títulos públicos de longo prazo da Austrália, Nova Zelândia e outros países também caíram, à medida que os investidores reagiram às notícias.
No que diz respeito à política comercial de Trump, análises recentes de economistas indicam que suas ameaças tarifárias podem ampliar o déficit orçamentário dos EUA, o que tende a enfraquecer o dólar ao reduzir sua atratividade para investidores internacionais. Paralelamente, o mercado se prepara para a divulgação do principal indicador de inflação acompanhado pelo Federal Reserve — o Índice de Preços das Despesas com Consumo Pessoal (PCE) — prevista para o final da semana. A expectativa para abril é de uma alta de 0,1%. Caso confirmada, a leitura poderá levar o Fed a considerar seriamente um corte de juros no outono.
Perspectiva técnica para o S&P 500
A principal tarefa dos compradores hoje será superar o nível de resistência mais próximo, em US$ 5.877. Esse rompimento sinalizaria um potencial de alta adicional e abriria espaço para um avanço até o próximo alvo, em US$ 5.897. Também será crucial para os touros manterem o suporte em US$ 5.915, o que fortaleceria ainda mais a posição compradora.
Em caso de movimento descendente, motivado por uma possível redução do apetite por risco, os compradores devem defender o nível de US$ 5.854. A perda desse suporte pode acelerar a correção, empurrando o instrumento rapidamente para US$ 5.833 e, posteriormente, para US$ 5.812.