A queda dos preços do ouro abaixo do patamar de $3.300 desencadeou uma onda de fraqueza, com o metal precioso enfrentando dificuldades para recuperar impulso. O sentimento global de apetite por risco ganhou força após a decisão de um tribunal federal dos EUA de bloquear tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump, gerando pressão sobre os ativos de refúgio — especialmente diante da ata hawkish do FOMC divulgada ontem.
Ainda assim, os investidores continuam a precificar a possibilidade de novos cortes de juros pelo Federal Reserve em 2025. Além disso, as preocupações com o agravamento das perspectivas fiscais dos EUA estão levando a uma venda intradiária do dólar, o que, por sua vez, oferece suporte ao ouro. Riscos geopolíticos persistentes também podem impedir que os vendedores abram posições agressivas, levando o mercado a adotar uma postura mais cautelosa antes da divulgação de dados econômicos importantes dos EUA.
Do ponto de vista técnico, a queda abaixo da média móvel simples de 200 períodos (SMA) no gráfico de 4 horas favorece os vendedores. Osciladores negativos nesse intervalo de tempo indicam que o caminho de menor resistência permanece voltado para baixo. Assim, uma eventual recuperação dos preços deve enfrentar forte resistência na região de $3.300. No entanto, uma movimentação compradora sustentada acima desse nível poderia acionar um rali de cobertura de posições vendidas, com alvos em $3.325 e, potencialmente, na zona de oferta em $3.340.
Por outro lado, os vendedores fariam bem em aguardar uma fraqueza sustentada abaixo da mínima da sessão asiática, próxima de $3.245, antes de iniciarem novas posições. Um rompimento desse nível poderia arrastar o preço para $3.210, com a trajetória de queda se estendendo até o patamar psicologicamente relevante de $3.200, ou até níveis inferiores.
Ainda assim, enquanto os osciladores no gráfico diário permanecerem em território positivo, é prematuro declarar uma vitória definitiva dos vendedores.