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O relatório do IPC de maio será publicado na quarta-feira. Um projeto de lei orçamentária ocupa o centro do palco em meio a um desentendimento público entre Trump e Musk. A Alphawave subiu após a notícia de uma aquisição planejada pela Qualcomm. A WPP caiu depois que o CEO anunciou sua demissão. O S&P 500 está agora pouco mais de 2% acima de seu recorde de alta em fevereiro.
Wall Street recupera o ímpeto
Após a turbulência de abril, provocada por preocupações em torno da política tarifária de Donald Trump, o mercado de ações está mostrando uma recuperação sólida. No fechamento da semana, os índices encerraram em tom otimista: o S&P 500 (.SPX) ultrapassou a marca de 6.000 pontos pela primeira vez desde o final de fevereiro. O mercado encontrou apoio no recente relatório de empregos dos EUA, que ajudou a aliviar temores de uma desaceleração econômica.
Decisão do Fed: suspense permanece
Na próxima semana, todas as atenções estarão voltadas para a reunião do Federal Reserve, marcada para 17 e 18 de junho. Embora se espere que a taxa de juros permaneça inalterada, os mercados estão cada vez mais precificando a possibilidade de dois cortes de 25 pontos-base antes do fim do ano.
S&P 500 retoma a escalada
No último ano, o índice acumulou alta de 2%, mas desde 8 de abril subiu mais de 20% a partir de uma mínima local, impulsionado por temores sobre o impacto potencial de novas tarifas.
Drama político e incerteza econômica
A volatilidade adicional decorre das discussões no Senado sobre um amplo projeto de lei para cortar impostos e gastos públicos. Os investidores ponderam o possível efeito estimulante da medida diante dos riscos associados ao aumento da dívida governamental, enquanto o déficit orçamentário volta a ser destaque.
Musk vs. Trump: rompimento da aliança
O projeto de lei também provocou um rompimento público entre o presidente Trump e Elon Musk. O bilionário, antes aliado, criticou duramente as propostas da Casa Branca, classificando-as como "nojentas". Trump respondeu manifestando decepção, o que abalou visivelmente os mercados.
Contagem regressiva: fim da trégua tarifária
Os mercados globais aguardam com atenção o término da pausa de 90 dias nas tarifas dos EUA, que vence em 8 de julho. Investidores monitoram de perto os desdobramentos, especialmente após o anúncio de uma reunião de alto nível em Londres, na próxima segunda-feira, entre autoridades americanas e chinesas, com o objetivo de reavivar as negociações comerciais paralisadas.
Mercados europeus em compasso de espera
Apesar da tendência positiva na semana passada, as ações europeias recuaram na segunda-feira, refletindo a cautela dos investidores antes das negociações entre EUA e China, além do menor volume de negócios devido a um feriado local.
Principais fatos sobre o STOXX 600:
Tensões comerciais: esperança de progresso nas negociações
Espera-se que a reunião em Londres envie um sinal positivo aos mercados. Os investidores não esperam um acordo final, mas sim a confirmação de avanços rumo à redução das tensões. As disputas comerciais entre os EUA e a China, que evoluíram de tarifas para restrições às exportações estratégicas, tornaram-se uma fonte significativa de instabilidade global.
China sinaliza abertura
Em resposta ao engajamento diplomático, Pequim anunciou estar disposta a acelerar a concessão de licenças de exportação de metais de terras raras para empresas da União Europeia — um gesto que pode indicar maior flexibilidade em questões comerciais.
Setor automotivo na mira
Altamente dependente das cadeias de suprimento de terras raras, o setor automotivo reagiu de forma mista. As ações das montadoras oscilaram, refletindo a incerteza em relação aos desdobramentos das negociações comerciais.
Mercados sobem com otimismo e dados sólidos
Os índices acionários europeus encerraram a semana passada em alta. O sentimento do mercado melhorou com a diminuição dos temores em torno do comércio global. Um forte relatório de empregos nos EUA reforçou o otimismo, superando expectativas e aliviando preocupações sobre o mercado de trabalho.
Inflação em foco nesta semana
A atenção dos investidores agora se volta para os principais dados de inflação dos EUA. Analistas buscam sinais de que a política tarifária volátil do governo Trump possa estar começando a afetar a economia como um todo, pressionando os preços ao consumidor.
Decolagem: Alphawave atrai gigante
As ações da britânica Alphawave (AWE.L), do setor de semicondutores, dispararam mais de 23% após a notícia de que a norte-americana Qualcomm (QCOM.O) pretende adquirir a empresa por US$ 2,4 bilhões. A operação se destaca como um dos movimentos mais relevantes no setor de tecnologia nos últimos meses.
Revolution Beauty na mira de aquisição
As ações da Revolution Beauty (REVB.L) subiram 10,8% após relatos de que o Frasers Group, do bilionário Mike Ashley, iniciou o processo de due diligence para uma possível aquisição da marca de cosméticos.
WPP recua com anúncio de mudança na liderança
A gigante da publicidade WPP (WPP.L) caiu 1,9% após o anúncio de que o CEO Mark Read deixará o cargo até o final de 2025, encerrando um mandato de sete anos à frente da empresa.