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O euro e a libra permanecem em uma faixa de variação em relação ao dólar americano, sofrendo alguma pressão após o primeiro dia de negociações entre a China e os EUA. No entanto, além dessa reunião de alto nível - atualmente no centro das atenções - também foram realizadas ontem entrevistas com várias autoridades europeias, durante as quais o tópico das taxas de juros foi abordado.
De acordo com Peter Kazimir, membro do Conselho do BCE e presidente do banco central da Eslováquia, o Banco Central Europeu está quase concluindo seu ciclo de cortes nas taxas de juros. "Olhando para o futuro, ainda vejo riscos claros de queda no crescimento, bem como incertezas sobre a dinâmica futura dos preços", afirmou Kazimir.
Essa declaração, feita em um contexto de controle da inflação e desaceleração econômica na zona do euro, naturalmente chamou a atenção de traders e economistas. Os investidores que acompanham de perto os sinais do BCE agora se perguntam se isso marca o fim da fase de cortes de taxas e o início de uma nova era de política monetária mais rígida.
Entretanto, as palavras de Kazimir deixam margem para interpretação. O ciclo foi realmente encerrado? Ou ainda são possíveis pequenos ajustes? As respostas a essas perguntas afetam diretamente as previsões de inflação, crescimento do PIB e, claro, o valor do euro. Os mercados, ávidos por dinheiro mais barato, estarão atentos às possíveis implicações de uma mudança na política do BCE.
Lembre-se que, na semana passada, o BCE reduziu a taxa de depósito para 2%, afirmando que a inflação, que caiu para 1,9% em maio, está agora próxima da meta. Em seguida, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse aos repórteres que a política do banco está bem posicionada para lidar com a incerteza decorrente da dinâmica do comércio global e do aumento dos gastos na Europa.
Kazimir acrescentou que os dados que chegarão durante o verão fornecerão um quadro mais claro e ajudarão o BCE a decidir se deve implementar novas medidas.
Para o EUR/USD, os compradores precisam ultrapassar o nível de 1,1430. Só então um teste em 1,1460 se tornará viável. A partir daí, o par pode mirar em 1,1490, mas alcançar esse patamar sem o apoio de grandes players pode ser difícil. O alvo mais distante é a alta em 1,1530. No caso de queda, espera-se um interesse de compra significativo somente em torno de 1,1390. Se não houver compradores nesse nível, será preferível aguardar uma nova mínima em 1,1361 ou considerar posições de compra a partir de 1,1314.
Para o GBP/USD, os compradores da libra precisam romper a resistência mais próxima, em 1,3545. Só após isso poderão mirar em 1,3580, que deverá ser um nível difícil de ultrapassar. O alvo mais distante fica em 1,3615. Caso o par caia, os ursos tentarão retomar o controle na faixa de 1,3500. Uma quebra bem-sucedida dessa região seria um golpe forte para as posições de alta e poderá levar o GBP/USD à baixa de 1,3470, com possível extensão até 1,3450.