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Os Estados Unidos e a China concluíram dois dias de importantes negociações comerciais com um plano para retomar o fluxo de produtos sensíveis - essa estrutura agora aguarda a aprovação de Donald Trump e Xi Jinping.
Após 20 horas de conversações em Londres, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, declarou que ambos os lados haviam desenvolvido uma estrutura para implementar o consenso de Genebra. "Primeiro, precisamos eliminar a negatividade", afirmou. "Agora podemos seguir em frente e tentar construir um comércio positivo, que aumente os fluxos comerciais."
Lutnick também observou que os chineses se comprometeram a acelerar a entrega de metais de terras raras — cruciais para as indústrias automotiva e de defesa dos EUA — enquanto Washington flexibilizaria algumas de suas medidas de controle de exportações, sinalizando progresso em duas das questões mais controversas nas relações bilaterais.
Essa medida pode, sem dúvida, ser vista como uma manobra tática de ambas as partes para reduzir as tensões e estabelecer uma plataforma para o diálogo futuro. Por serem matérias-primas essenciais para as indústrias de alta tecnologia, os metais de terras raras têm importância estratégica especial, e a promessa de Pequim de acelerar as entregas demonstra disposição para ceder em áreas-chave. Da mesma forma, o afrouxamento dos controles de exportação por parte dos EUA pode ser interpretado como um gesto de boa vontade, sinalizando interesse em uma cooperação mais construtiva. No entanto, a extensão desse afrouxamento e seu impacto real sobre o comércio bilateral ainda precisam ser avaliados.
Apesar desses sinais positivos, é importante lembrar que as relações entre os EUA e a China continuam complexas e multifacetadas. Diversas outras questões ainda exigem atenção e consenso, como propriedade intelectual, cibersegurança e o déficit comercial.
Segundo o principal negociador comercial da China, Li Chengang, as delegações dos dois países apresentarão a proposta aos respectivos líderes. As conversas foram "profundas e francas", afirmou ele a repórteres, em uma breve declaração.
Embora o tom positivo possa tranquilizar os investidores preocupados com uma ruptura entre as duas maiores economias do mundo, poucos detalhes foram divulgados, e o acordo ainda pode ser rejeitado pelas lideranças de topo. Além disso, as discussões pouco avançaram em questões importantes, como o substancial superávit comercial da China com os EUA ou a percepção de Washington de que Pequim estaria despejando produtos em mercados estrangeiros.
Alguns especialistas observam que permitir que tecnologias críticas para o avanço militar chinês se tornem moeda de troca representaria uma mudança significativa em relação à postura anterior dos EUA, que justificavam os controles de exportação com base em preocupações de segurança nacional. Isso também poderia abrir espaço para que a China utilizasse seu domínio sobre os metais de terras raras como forma de retaliação a futuras restrições impostas aos chips avançados.
Atualmente, EUA e China estão a cerca de um terço do caminho de uma trégua de 90 dias sobre as tarifas retaliatórias impostas mutuamente em abril. Embora o acordo de Genebra tenha reduzido significativamente essas tarifas, o comércio bilateral continua prejudicado — as exportações chinesas para os EUA em maio registraram a queda mais acentuada desde o início de 2020, quando a pandemia paralisou a economia chinesa.
Análise Técnica
EUR/USD: Quanto ao cenário técnico atual, os compradores do EUR/USD precisam retomar o nível de 1,1430. Somente esse rompimento permitiria um teste da resistência em 1,1460. A partir daí, um avanço até 1,1490 se torna possível, embora dependa do apoio dos principais participantes do mercado. O alvo de alta mais distante está na máxima de 1,1530.
Em caso de queda, espera-se atividade compradora relevante apenas próximo ao suporte de 1,1400. Se não houver reação ali, o melhor seria aguardar um novo teste da mínima em 1,1361 ou considerar novas posições de compra a partir de 1,1314.
GBP/USD: Para o GBP/USD, os compradores da libra precisam romper a resistência imediata em 1,3510. Caso consigam, o próximo alvo será 1,3545; acima desse nível, a continuidade do movimento altista enfrentará maior dificuldade. O objetivo de alta mais distante está em 1,3580.
No caso de correção, os ursos tentarão retomar o controle a partir de 1,3473. Se houver um rompimento claro dessa faixa, isso representará um revés significativo para os touros, empurrando o par para a mínima de 1,3450, com potencial para estender as perdas até 1,3415.