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No final da sessão regular anterior, os índices de ações dos EUA fecharam em território negativo. O S&P 500 caiu 1,13%, enquanto o Nasdaq 100 recuou 1,30%. O Dow Jones Industrial Average perdeu 1,79%.
Hoje, os investidores adotaram uma postura cautelosa, já que a escalada do conflito entre Israel e o Irã levou a um aumento nos preços do petróleo e gerou preocupações sobre as consequências a longo prazo.
O aumento dos preços do petróleo provocado pelo conflito representa uma dupla ameaça. Por um lado, alimenta a inflação, o que pode levar os bancos centrais a adotar uma política monetária mais rígida. Por outro, pressiona os lucros das empresas, elevando seus custos e reduzindo sua competitividade. Nesse cenário, muitos investidores preferem adotar uma postura cautelosa, acompanhando a evolução dos acontecimentos e aguardando sinais mais claros.
As consequências de longo prazo do conflito permanecem incertas. Dependendo de sua escala e duração, ele pode provocar interrupções no fornecimento de petróleo, acentuar a instabilidade geopolítica e, possivelmente, desencadear ações militares mais amplas. Tudo isso representa riscos significativos para a economia global e os mercados financeiros.
Os índices chineses operaram em uma faixa mista de ganhos e perdas, enquanto os futuros europeus registraram leves quedas. O dólar americano permaneceu praticamente estável, e o ouro oscilou próximo de uma máxima histórica.
Como mencionado anteriormente, os preços do petróleo Brent chegaram a subir 5,5% no início das negociações, mas rapidamente devolveram a maior parte desses ganhos. Esse movimento destacou a postura cautelosa dos investidores, que ponderaram os temores sobre uma possível escalada do conflito no Oriente Médio frente aos desdobramentos domésticos. Ao final do pregão, o petróleo registrou alta inferior a 1%.
A principal preocupação dos investidores é se o conflito poderá ser contido após um fim de semana marcado por ataques de ambos os lados e pela promessa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de "atingir todos os locais e todos os alvos do regime do aiatolá".
Apesar disso, os mercados ainda não abandonaram completamente o risco. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e de alguns títulos públicos asiáticos subiram — sinal de que os investidores não estão buscando, de forma agressiva, a segurança dos ativos de menor risco..
O shekel israelense subiu mais de 1% em relação ao dólar após quatro dias consecutivos de perdas.
Quanto ao quadro técnico do S&P 500, o principal objetivo dos compradores hoje será superar a resistência mais próxima, em US$ 6.013. Isto apoiaria um crescimento maior e abriria caminho para uma quebra no nível de US$ 6.030. Uma tarefa igualmente importante para os otimistas será manter o controle acima de US$ 6.047, o que fortaleceria sua posição. Se o índice cair em meio à redução do apetite pelo risco, os compradores deverão defender o nível de US$ 5.999. Uma quebra abaixo desse nível empurraria rapidamente o índice de volta para US$ 5.986 e abriria caminho para US$ 5.975.