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30.06.2025 09:39 PM
O padrão de ondas para GBP/USD continua a sugerir a formação de uma onda impulsiva ascendente. O quadro das ondas é quase idêntico ao do EUR/USD, uma vez que o dólar americano permanece como o principal motor dos movimentos em todo o mercado. A demanda pelo dólar está diminuindo de forma generalizada, resultando em dinâmicas semelhantes entre diversos instrumentos. A onda 2 dentro da tendência de alta assumiu a forma de uma única onda. Já na onda 3 presumida, as ondas 1, 2, 3, 4 e possivelmente 5 parecem ter sido concluídas. Portanto, no curto prazo, é possível esperar uma sequência de ondas corretivas, com uma leve retração no instrumento.
É importante destacar que grande parte dos movimentos atuais no mercado cambial depende das políticas de Donald Trump — e não apenas das relacionadas ao comércio. Embora os EUA ocasionalmente divulguem dados econômicos positivos, os participantes do mercado continuam focados na incerteza persistente na economia, nas decisões e declarações contraditórias de Trump e no tom hostil e protecionista da Casa Branca. Como resultado, o dólar precisa de muito esforço para conseguir converter até mesmo notícias positivas em aumento de demanda. Até agora, não tem conseguido fazê-lo.
A cotação do GBP/USD subiu cerca de 20 pontos-base na segunda-feira. Vale ressaltar que praticamente não houve fluxo de notícias relevantes no dia. Apenas foi divulgado o relatório do PIB do Reino Unido para o primeiro trimestre, que não surpreendeu o mercado. Conforme esperado, a economia britânica cresceu 0,7% em relação ao trimestre anterior. Esse dado não desencadeou uma nova onda de compras da libra, mas, no longo prazo, a economia do Reino Unido pode começar a superar a dos EUA em termos de crescimento. É importante lembrar que o único acordo comercial assinado até o momento sem grande controvérsia foi o firmado com o Reino Unido. Embora o acordo possa não ser particularmente favorável para a Grã-Bretanha, ainda assim representa um tratado oficial, o que significa que o Reino Unido não está mais na "lista negra" de Trump. O próprio presidente dos EUA declarou que "ama o povo britânico" e, por isso, as condições comerciais para o país seriam "especiais".
Embora a demanda pela libra esterlina tenha diminuído na primeira metade da segunda-feira, a moeda continua a mostrar força no longo prazo. A situação nos EUA está atualmente tão negativa que a demanda pelo dólar não consegue se recuperar. Na verdade, seria mais preciso dizer que as perspectivas para o dólar americano estão tão fragilizadas que há poucas chances de fortalecimento. Tudo o que Trump afirma fazer, segundo ele, é em prol do melhor interesse dos Estados Unidos. No entanto, como diz o ditado, "o caminho para o inferno está pavimentado de boas intenções". Embora as intenções de Trump possam até ser legítimas, seus métodos têm sido amplamente criticados — especialmente por investidores e traders, que facilmente encontram moedas mais estáveis para aplicar seus recursos. O mercado acionário dos EUA segue em alta, sustentado pelas expectativas de um corte acentuado nas taxas de juros por parte do Federal Reserve, caso Trump consiga pressionar Jerome Powell. Isso pode não acontecer até o próximo ano, mas o mercado já começa a precificar esse cenário.
O padrão de ondas para GBP/USD permanece intacto. No momento, estamos em um segmento de tendência impulsiva de alta. Sob a liderança de Trump, os mercados podem continuar a enfrentar turbulências e reversões significativas, o que poderia alterar de forma relevante a estrutura do padrão de ondas. No entanto, até agora, o cenário principal segue válido. Trump continua a adotar posturas que acabam por reduzir a demanda pelo dólar.
As metas da onda 3 ascendente estão atualmente projetadas próximas de 1,4017, o que corresponde a 261,8% da extensão de Fibonacci da suposta onda global 2. Portanto, continuo a favorecer posições de compra, já que o mercado não apresenta sinais claros de reversão da tendência.
Princípios fundamentais da minha análise
