Hoje, o ouro mostra um sinal intradiário de baixa, apesar de de sua recuperção do nível de US$ 3.300. O fortalecimento da demanda pelo dólar norte-americano continua a ser o principal fator de pressão sobre o metal, limitando seu potencial de alta.

Por outro lado, as expectativas de que a Reserva Federal faça novos cortes nas taxas de juros ainda este ano têm contido o entusiasmo dos compradores de dólar, oferecendo algum suporte ao ouro e restringindo um fortalecimento mais expressivo da moeda americana.

Outro elemento que pesa contra uma valorização mais forte do dólar são as preocupações de que os amplos cortes de impostos e o pacote de gastos proposto pelo governo Trump possam agravar o problema da dívida pública de longo prazo dos Estados Unidos. O sentimento do mercado permanece instável, em meio às incertezas sobre a política comercial do presidente Trump, o que faz os investidores adotarem uma postura mais cautelosa.

Na manhã desta segunda-feira, Trump anunciou em suas redes sociais que as cartas referentes a tarifas ou acordos comerciais com diversos países começariam a ser enviadas a partir das 12h do dia 7 de julho. Ele também advertiu que qualquer país que apoiar a política antiamericana dos BRICS enfrentará uma tarifa adicional de 10%, sem exceções.

Diante destas declarações, os traders já precificam uma probabilidade superior a 70% de que a Reserva Federal reduza os juros em setembro, com expectativa de pelo menos dois cortes de 25 pontos-base até o fim do ano. Essas projeções estão impedindo o ouro de cair abaixo da faixa de US$ 3.300 por onça.

Além disso, a retomada dos ataques israelenses ao Iêmen, que já se estendem por quase um mês, vem reduzindo o apetite por risco e sustentando a demanda pelo ouro como ativo de proteção, limitando quedas adicionais em seu preço.

Ainda assim, do ponto de vista técnico, os osciladores no gráfico diário começaram a sinalizar um momento negativo, o que indica potencial para novas quedas no metal precioso.