A estrutura de ondas no gráfico horário segue bastante clara. A última onda de baixa conseguiu romper o fundo anterior, enquanto a mais recente onda de alta superou a máxima da onda anterior. Ou seja, no momento, a tendência continua de alta. A falta de avanços concretos nas negociações comerciais dos EUA e a baixa probabilidade de acordos com muitos países ainda desestimula os vendedores a partirem para ataques mais agressivos.

Na segunda-feira, o noticiário foi, ao mesmo tempo, ruidoso e vazio. Na União Europeia, saíram dados sobre vendas no varejo, e na Alemanha, sobre a produção industrial. No entanto, sem nem precisar citar números, dá para dizer que esses relatórios não tiveram qualquer impacto significativo no euro.

Já nos EUA, não houve divulgação de indicadores econômicos, mas durante a madrugada Donald Trump anunciou novos aumentos de tarifas sobre importações de 15 países. Como previsto, as novas tarifas entram em vigor em 1º de agosto e atingem países que, segundo Washington, não demonstraram disposição suficiente para negociar com os EUA. Entre eles estão Japão, Coreia do Sul, Cazaquistão, Malásia, Tunísia, África do Sul, Bósnia e Herzegovina, Indonésia, Bangladesh, Sérvia, Tailândia, Camboja, Laos e Mianmar. As tarifas foram elevadas para patamares entre 25% e 40%.

Trump também afirmou que, se esses países responderem com medidas retaliatórias, novas tarifas adicionais poderão ser impostas sobre as já existentes. Ou seja, a história começa a se repetir: como Trump não consegue fechar acordos comerciais, opta por seguir a via das tarifas.

Diante desse cenário, há boas razões para acreditar que os compradores (touros) devem retomar a ofensiva nos próximos dias.

No gráfico de 4 horas, o par se consolidou acima do nível 1,1680 e pode continuar subindo em direção ao próximo nível de retração de 161,8% - 1,1851. Uma recuperação a partir de 1,1680 aumentaria a probabilidade de um crescimento renovado. Um rompimento abaixo desse nível abriria caminho para um declínio em direção ao limite inferior do canal de tendência ascendente. Nenhuma divergência está se formando em nenhum indicador no momento.

Relatório de Compromisso dos Traders (COT):

Na última semana do relatório, os traders profissionais abriram 1.188 posições de compra e 4.786 posições de venda. O sentimento do grupo "Não comercial" permanece "otimista" graças a Donald Trump e continua a se fortalecer ao longo do tempo. O número total de posições de compra mantidas por especuladores é agora de 225.000, enquanto as posições de venda estão em 117.000 - e a diferença entre as duas (com poucas exceções) continua aumentando. Isso indica uma demanda contínua pelo euro, mas não pelo dólar. A situação permanece inalterada.

Durante vinte e duas semanas consecutivas, os grandes participantes têm reduzido suas posições de venda e aumentado as de compra. A diferença na política monetária entre o BCE e o Fed é significativa, mas as políticas de Donald Trump são um fator mais poderoso para os traders, pois podem levar a uma recessão nos EUA e a muitos outros problemas estruturais de longo prazo para a economia americana.

Calendário econômico dos E.U.A. e da zona do euro:

Em 8 de julho, o calendário econômico não contém entradas dignas de nota. O histórico de notícias não influenciará o sentimento do mercado na terça-feira.

Previsão para o EUR/USD e recomendações para traders:

Eu não consideraria vender o par hoje, já que não vejo o nível 1,1712 como forte. Posições de compra podem ser consideradas em uma recuperação do nível 1,1712 na tabela horária, com um alvo de 1,1802, já que os touros ainda mantêm a iniciativa no mercado, e as notícias de fundo continuam a apoiá-los.

As grades de retração de Fibonacci são traçadas a partir de 1,1574-1,1066 no gráfico horário e de 1,1214-1,0179 no gráfico de 4 horas.