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A volatilidade do Bitcoin caiu para um nível historicamente baixo, enquanto a criptomoeda está sendo negociada a menos de 2% de sua máxima histórica. A falta de disposição dos investidores para comprar aos preços atuais pode se tornar um sério obstáculo para novos impulsos de alta.
Muitos especialistas acreditam que essa baixa volatilidade indica que o mercado já incorporou ao preço fatores como a guerra comercial, as tarifas e a possibilidade de um corte nas taxas de juros pelo Comitê Federal de Mercado Aberto ainda este ano. Até que algum desses eventos se concretize, é pouco provável que vejamos um movimento explosivo de valorização ou uma alta mais confiante.
Além disso, o fator psicológico não pode ser ignorado. O medo de perder oportunidades (FOMO) e o medo, a incerteza e a dúvida (FUD) costumam influenciar significativamente o comportamento dos traders, muitas vezes levando a uma postura de "esperar para ver".
Por isso, apesar do ambiente de mercado relativamente calmo e das expectativas em torno de possíveis cortes nas taxas de juros e da resolução de disputas comerciais, os investidores devem permanecer cautelosos e evitar se deixar levar pela euforia. O Bitcoin continua sendo um ativo de alto risco, e prever com precisão seus próximos movimentos é praticamente impossível. É fundamental analisar cuidadosamente os dados disponíveis, diversificar os investimentos e estar preparado para acontecimentos inesperados.
Também vale destacar que as baleias e os mineradores se afastaram um pouco do mercado, já que o Bitcoin está apenas 2% a 3% abaixo de suas máximas históricas. Enquanto houver um fluxo constante de investimentos via ETFs e tesourarias corporativas, o Bitcoin tende a manter sua posição. No entanto, caso ocorram saídas significativas, não se pode descartar uma queda acentuada do mercado.
Um exemplo do interesse institucional é o iShares Bitcoin Trust, da BlackRock, negociado na Nasdaq sob o ticker IBIT, que já atraiu quase US$ 53 bilhões desde sua estreia há 18 meses. O fundo detém atualmente 700.306,7922 BTC, sendo o ETF de crescimento mais rápido em toda a história de 32 anos do setor.
No cenário macroeconômico, um ponto de atenção será se o presidente Donald Trump conseguirá firmar mais acordos comerciais antes do novo prazo de 1º de agosto. Entretanto, caso ele opte por impor novas tarifas, isso poderá ter um impacto negativo expressivo sobre o crescimento econômico, representando um verdadeiro teste para os ativos de risco.
Recomendações de negociação
Atualmente, os compradores de Bitcoin estão de olho em um retorno ao nível de US$ 108.900, o que abriria caminho direto para US$ 109.500 e colocaria o patamar de US$ 110.000 ao alcance. O alvo mais distante está na máxima próxima de US$ 110.800 — um rompimento acima desse nível indicaria um fortalecimento do mercado de alta.
Em caso de recuo, espera-se que compradores voltem a atuar em torno de US$ 108.400. No entanto, uma queda abaixo dessa região poderia rapidamente arrastar o BTC para US$ 108.000, com o próximo alvo de baixa localizado na zona dos US$ 107.600.
Ethereum: Uma firme manutenção acima do nível de US$ 2.621 abre caminho para US$ 2.646. O alvo de alta mais distante está em torno de US$ 2.681, e um rompimento acima desse nível sinalizaria um retorno do interesse comprador.
Em caso de recuo, espera-se que os compradores entrem em ação em US$ 2.590. No entanto, uma queda abaixo desse patamar poderia rapidamente levar o ETH para US$ 2.558, com a meta de baixa mais distante situada em US$ 2.528.
O que podemos ver no gráfico
O teste de preços ou o cruzamento de qualquer uma dessas médias móveis geralmente interrompe o movimento ou injeta um novo impulso no mercado.