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Os índices de ações dos EUA fecharam mistos ontem. O S&P 500 subiu 0,14%, e o Nasdaq 100 ganhou 0,38%. No entanto, o índice industrial Dow Jones caiu 0,04%.
Hoje, as ações asiáticas caíram com o ressurgimento de novas preocupações sobre tarifas. Os investidores também estão aguardando os relatórios de lucros das principais corporações nesta semana para avaliar como as empresas estão lidando com as barreiras comerciais.
As ações japonesas recuaram, assim como o iene, diante das preocupações com os gastos fiscais após a derrota da coalizão do primeiro-ministro Shigeru Ishiba nas eleições do fim de semana. O índice MSCI para ações da Ásia-Pacífico caiu 0,4%. Os contratos futuros dos principais índices europeus recuaram 0,5%, enquanto os futuros do S&P 500 caíram 0,1%. Em contrapartida, o índice do dólar norte-americano se fortaleceu.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram levemente antes dos discursos de dirigentes do Federal Reserve, incluindo o presidente Jerome Powell. Já os preços do petróleo mantiveram a trajetória de queda.
A proximidade do prazo de 1º de agosto para decisões comerciais, somada à crescente preocupação com a resiliência das empresas diante das tarifas vigentes, tem exercido pressão sobre os mercados globais e lançado dúvidas sobre a sustentabilidade da recente alta recorde. Investidores que até pouco tempo celebravam dados macroeconômicos positivos e lucros robustos agora reavaliam suas estratégias em meio à intensificação das tensões comerciais.
Empresas com cadeias de suprimentos globais enfrentam desafios crescentes, pois as tarifas não apenas aumentam os custos operacionais, mas também dificultam o planejamento de longo prazo. Questões como competitividade e lucratividade futura ganham cada vez mais destaque.
Muitos economistas já alertam para possíveis revisões negativas nas projeções de lucro do próximo trimestre, o que poderia desencadear uma correção nos mercados. Como resultado, os investidores adotam uma postura mais cautelosa, reavaliando seus portfólios e migrando para ativos mais conservadores.
Vale lembrar que as ações se recuperaram fortemente após a queda em abril, com gestores de fundos apostando na valorização de ativos de risco. No entanto, essa alta será posta à prova nesta semana, com a divulgação dos balanços de empresas como Tesla Inc. e Alphabet Inc. A perspectiva geral permanece incerta: embora o mercado tenha avançado, a imposição de uma nova tarifa de 20% inevitavelmente afetará a demanda. Todos os olhares agora se voltam para o dia 1º de agosto e para a possibilidade de novos acordos comerciais.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Donald Trump poderá emitir novas cartas tarifárias unilaterais antes do prazo final. Ela também destacou que ainda há espaço para a celebração de acordos até lá.
Enquanto isso, as autoridades do Banco da Inglaterra estão reconsiderando se devem adiar os planos para uma libra digital destinada às famílias em meio ao crescente ceticismo sobre os benefícios de tal projeto. Isso reflete uma retração global mais ampla no apoio às moedas digitais apoiadas pelo Estado.
Perspectiva técnica do S&P 500
Do ponto de vista técnico, o principal objetivo dos compradores hoje é romper a resistência mais próxima, situada em 6.308. Um avanço bem-sucedido acima desse nível pode abrir caminho para uma nova alta em direção aos 6.320. Manter o controle sobre o nível de 6.331 também é essencial para os touros, pois consolidaria ainda mais sua posição no mercado.