Veja também
Na última sexta-feira, os índices de ações dos EUA fecharam em alta. O S&P 500 subiu 0,40%, enquanto o Nasdaq 100 ganhou 0,20%. O Dow Jones Industrial Average fortaleceu em 0,47%.
A histórica alta nas ações dos Estados Unidos parece prestes a continuar após a União Europeia ter alcançado um acordo comercial com os Estados Unidos, aliviando ainda mais as preocupações sobre uma guerra comercial destrutiva. Claramente, as perspectivas para as empresas americanas melhoraram. A remoção das barreiras comerciais com a UE implica maior liberdade na circulação de bens e serviços, o que impulsionará lucros e receitas. Os investidores receberam a notícia com entusiasmo, refletido em um salto nos principais índices acionários. No entanto, é importante não ignorar outros fatores que movem o mercado. A inflação continua sendo uma preocupação, e o Federal Reserve provavelmente manterá sua política de aperto monetário para conter o crescimento dos preços. Isso pode pesar sobre os lucros corporativos e desacelerar a expansão econômica.
Hoje, os futuros do S&P 500 subiram 0,5% após o fechamento recorde do índice na sexta-feira. Os futuros das ações europeias avançaram 1,1% após o acordo EUA–UE. O índice MSCI All Country World atingiu uma máxima histórica, enquanto as ações asiáticas permaneceram estáveis. O euro teve pouca variação após ganhos anteriores frente ao dólar. Os preços do petróleo bruto subiram 0,5%.
Os mercados, que vêm se recuperando das mínimas de abril, estão encontrando alívio no mais recente acordo comercial e em sinais de uma trégua prolongada entre os EUA e a China. Uma tarifa de 15% está longe dos 30% prometidos por Trump, mas ainda acima dos 10% desejados pelos europeus. Claramente, o otimismo desta semana será testado por divulgações de dados importantes, reuniões do Federal Reserve e do Banco do Japão, e relatórios de lucros de empresas de grande capitalização que podem moldar o sentimento do mercado e as perspectivas da economia global.
Este acordo traz alívio para os investidores em ações ao redor do mundo, embora qualquer rali de continuidade possa ser moderado, já que o acordo provavelmente já estava precificado após o pacto comercial com o Japão. É bastante possível que a onda de "vender América" não retorne após esses desdobramentos comerciais.
Enquanto isso, as ações em Hong Kong e na China subiram após o *South China Morning Post* noticiar que os Estados Unidos e a China devem estender a trégua tarifária por mais três meses. O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o Vice-Primeiro-Ministro chinês, He Lifeng, têm uma reunião marcada em Estocolmo hoje. Além disso, o Goldman Sachs elevou sua projeção de 12 meses para o índice MSCI China, citando valorizações mais altas, uma perspectiva comercial mais favorável e um yuan mais forte.
Na Ásia, o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba sinalizou sua intenção de permanecer no cargo, apesar do crescente clamor por sua renúncia dentro do próprio partido governista.
Perspectiva técnica do S&P 500: O principal objetivo dos compradores hoje será romper a resistência mais próxima em $6.423. Um movimento acima desse nível confirmaria a tendência de alta e abriria caminho para $6.434.Um alvo igualmente importante para os compradores (touros) será manter o índice acima de $6.446, o que reforçaria ainda mais sua posição.
Caso ocorra um movimento de baixa em meio à diminuição do apetite por risco, os compradores precisarão intervir próximo ao nível de $6.410. Uma quebra abaixo desse ponto pode rapidamente empurrar o índice de volta para $6.400 e abrir caminho para $6.392.