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Continuamos observando uma forte tendência de alta, que não apresenta sinais de término. Ainda não há motivos para considerá-la encerrada. Entendo que a assinatura do acordo comercial entre a UE e os EUA — que claramente favorece mais os EUA — é um argumento sólido a favor de um dólar mais forte. De fato, nos últimos dias, temos visto ataques de baixa constantes.
No entanto, não me apressaria em tirar conclusões precipitadas. Dois dias de queda no par não são suficientes para indicar uma reversão da tendência. O desequilíbrio 2 já não é mais relevante, pois a reação a ele ocorreu em 17 de julho, seguida por uma valorização do par. O cenário de notícias mudou na segunda-feira, o que sugere que a correção para baixo pode se prolongar por algum tempo.
Os vendedores podem em breve ter a oportunidade de iniciar uma ofensiva. Nesse caso, não há níveis disponíveis que freiem sua pressão e gerem novas compras dentro da atual tendência de alta até a região de 1,1100. Como ainda não acredito no início de uma nova tendência de baixa e espero apenas uma correção técnica, observarei atentamente uma possível coleta de liquidez próxima à mínima do dia 17 de julho.
Os traders continuam focados na guerra comercial iniciada por Trump, que não dá sinais de chegar ao fim. Apesar da assinatura de diversos acordos comerciais importantes, muitos países permanecem em estado de incerteza. O mercado ainda acredita que Trump pretende impor tarifas a praticamente todos os países do mundo. Um cenário de notícias como esse dificilmente ajudará os ursos a estabelecer uma tendência de baixa sustentável. A estrutura da tendência de alta permanece intacta, o que indica que o movimento ascendente do euro pode ser retomado. A única dúvida é: a partir de qual ponto?
A linha azul mostra o nível de preço abaixo do qual a tendência de alta pode ser considerada rompida. Como podemos ver, os ursos teriam que empurrar o preço cerca de 550 pontos para baixo até alcançá-lo, o que parece improvável no curto prazo. O alvo de alta mais realista para o euro pode ser o desequilíbrio de baixa entre 1,1976 e 1,2092 no gráfico semanal, formado em junho de 2021. Foi a última vez que o euro foi negociado nesse patamar. Não considero esse padrão particularmente forte, pois é pouco provável que os traders busquem reequilibrar o preço nessa área quatro anos depois. Trata-se mais de um alvo formal — simplesmente não há outros disponíveis no momento.
Todos os ataques recentes dos ursos têm sido fracos, em grande parte porque o cenário de notícias não lhes favorece. Alguns relatórios e eventos pontuais beneficiaram o dólar americano, mas isso tem pouco peso diante de fatores mais significativos que limitam o ímpeto de baixa. Será muito interessante observar por quanto tempo os ursos conseguirão se sustentar apoiados em um único acordo entre os EUA e a União Europeia.
Calendário econômico dos EUA e da zona do euro:
O dia 30 de julho apresenta seis eventos econômicos importantes. O histórico de notícias pode ter uma forte influência sobre o sentimento do mercado durante toda a quarta-feira.
Previsão para o EUR/USD e recomendações de negociação:
O preço apresentou uma reação tripla ao desequilíbrio de alta semanal, rompeu a estrutura de baixa e, como resultado, restava apenas esperar um crescimento adicional — algo que se observa há seis meses consecutivos. Em minha opinião, o par pode agora estar na fase final da tendência de alta, mas isso ainda depende do fluxo de notícias. Enquanto a guerra comercial não for amenizada, os vendedores continuarão em posição vulnerável.
A tendência permanece de alta; portanto, as vendas não devem ter prioridade sobre as compras. O Desequilíbrio de Alta 1 forneceu uma base para a retomada do movimento em direção à região de 1,1976–1,2092, permitindo que os traders abrissem posições de compra com base nesse padrão. Novas compras do euro também foram possíveis a partir do Desequilíbrio 2, já que houve reação nessa zona.
Neste momento, é aconselhável realizar os lucros dessas operações — embora a decisão sobre onde encerrar a posição dependa do perfil de cada trader. O cenário atual ainda permite alguma força do dólar no curto prazo, mas, com a série de divulgações econômicas previstas para esta semana, tudo pode mudar rapidamente. Dito isso, o fato é que, no momento, não há zonas claras para a abertura de novas posições compradas.