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Os índices acionários dos EUA fecharam a quarta-feira com ganhos sólidos, impulsionados por uma forte alta no Nasdaq, que subiu mais de 1%. Os principais catalisadores foram os resultados corporativos positivos e notícias importantes de gigantes do setor de tecnologia.
As ações da Apple subiram impressionantes 5,1%. O rali foi impulsionado por uma declaração de um funcionário da Casa Branca, indicando que a empresa pretende investir US$ 100 bilhões na expansão da produção doméstica nos EUA. A notícia gerou uma reação imediata dos investidores, fortalecendo a presença da Apple nos três principais índices.
As ações do McDonald's subiram 3% após a empresa relatar que seu menu de valor superou significativamente as expectativas dos analistas para as vendas globais. Isso foi interpretado como um sinal de demanda resiliente por parte dos consumidores, mesmo em meio à incerteza econômica.
O maior ganho do dia foi registrado pela Arista Networks, cujas ações dispararam 17,5%. A empresa de tecnologia em nuvem divulgou uma previsão de receita otimista para o trimestre atual, superando as expectativas do mercado.
Até o momento, cerca de 400 empresas do S&P 500 divulgaram os resultados do segundo trimestre. Segundo dados da LSEG, aproximadamente 80% superaram as previsões de lucro dos analistas, acima da média de 76% dos últimos quatro trimestres. O crescimento dos lucros no período atingiu 12,1%, mais que o dobro da previsão feita em julho de 5,8%.
O otimismo do mercado foi impulsionado pelas crescentes expectativas de uma mudança na política do Federal Reserve. O mais recente relatório de empregos mostrou uma desaceleração na contratação e revisões negativas dos dados anteriores, o que reforçou a crença dos investidores em um corte de juros já em setembro.
De acordo com dados do CME FedWatch, a probabilidade de que o Fed reduza os juros em 25 pontos-base neste outono subiu para 95,2%. Para efeito de comparação, essa probabilidade era de 92,9% no dia anterior e apenas 46,7% há uma semana.
Apesar do otimismo geral, o mercado enfrentou algumas surpresas negativas. As ações da Advanced Micro Devices (AMD) caíram 6,4% após resultados fracos no segmento de data centers. A Super Micro Computer teve um desempenho ainda pior — suas ações despencaram 18,3%.
Apesar de apresentar resultados trimestrais fortes e revisar para cima sua previsão anual, as ações da Disney encerraram o pregão em queda de 2,7%. Os investidores permaneceram cautelosos, mesmo diante do relatório positivo.
Outro fator de incerteza é o aguardado anúncio de Donald Trump sobre a nomeação de um novo membro para o Conselho de Governadores do Federal Reserve. O mercado está atento a possíveis mudanças de pessoal na principal instituição financeira do país.
Os mercados asiáticos encerraram a quinta-feira com ganhos sólidos, com destaque para as bolsas do Japão. O índice Topix subiu 0,9%, atingindo uma máxima histórica, enquanto o Nikkei avançou quase o mesmo. O otimismo foi impulsionado por altas no setor de tecnologia em Wall Street, resultados corporativos fortes e mudança nas expectativas sobre a política monetária dos EUA.
O mercado de ações de Taiwan também teve um rali expressivo. O índice TWII subiu 2,3%, alcançando seu nível mais alto em mais de um ano. Na Coreia do Sul, o KOSPI avançou 0,6%, mantendo sua trajetória de alta em meio ao cenário global favorável.
O índice Hang Seng de Hong Kong avançou 0,4%, enquanto o CSI300 da China continental subiu 0,3%. Apesar da performance mais contida, os investidores permanecem cautelosamente otimistas com a trajetória econômica da China continental.
O mercado australiano apresentou leve queda após atingir uma máxima histórica no dia anterior. A correção parece ser de natureza técnica e não afetou significativamente o sentimento geral.
A libra esterlina permaneceu estável em 1,3356 USD, atingindo uma máxima semanal. Os investidores adotaram uma postura de cautela antes da reunião do Banco da Inglaterra. As discussões giram em torno da possibilidade de um corte de 25 pontos-base, além de divergências internas entre os formuladores de política.
A moeda americana perdeu terreno em relação a outras moedas principais. Os participantes do mercado estão atentos aos sinais do Federal Reserve. À luz dos dados fracos de emprego e dos rumores sobre possíveis novas nomeações por Trump, aumentaram as expectativas de que o Fed possa adotar uma postura mais dovish. Os possíveis novos membros do Conselho de Governadores provavelmente apoiarão uma linha mais moderada, alinhada com as visões do ex-presidente.
Após uma queda expressiva de 0,6% na sessão anterior, o índice do dólar registrou leve alta, alcançando 98,245. Esse índice mede o desempenho da moeda americana frente a seis das principais moedas, incluindo o euro e a libra esterlina.
A moeda única europeia permaneceu praticamente inalterada, sendo negociada a 1,1657 USD. No dia anterior, o euro havia subido 0,7%, impulsionado pela fraqueza do dólar.
Os investidores aguardam com expectativa a reunião do Banco da Inglaterra. O regulador pode implementar o quinto corte na taxa de juros neste ano, embora a decisão não deva ser unânime. Espera-se uma divisão interna no comitê: alguns membros tendem a defender um corte mais agressivo de 50 pontos-base, enquanto outros preferem manter a taxa atual, devido às preocupações com a inflação.
O dólar americano se fortaleceu frente à moeda japonesa, subindo 0,1% e atingindo 147,53.
Os preços do ouro subiram 0,4%, sendo negociados em torno de US$ 3.382 por onça. O principal fator de alta foi a temporária fraqueza do dólar, que tornou o metal precioso mais atrativo para os investidores.
Após uma queda acentuada no dia anterior, quando o Brent e o WTI recuaram cerca de 1%, os preços do petróleo apresentaram leve recuperação nesta quinta-feira. Os contratos futuros do Brent subiram US$ 0,20, atingindo US$ 67,09 por barril, enquanto o WTI avançou US$ 0,22, chegando a US$ 64,57 por barril. Isso ajudou a melhorar o sentimento no mercado de commodities, apesar da volatilidade persistente.