Na sexta-feira, o par EUR/USD recuperou-se da zona de suporte de 1,1637–1,1645, virou a favor do euro e consolidou-se acima do nível de retração de 76,4% em 1,1695. Assim, o crescimento pode continuar hoje em direção ao próximo nível de retração de 100,0% em 1,1789. Um fechamento abaixo de 1,1695 favoreceria a moeda americana e desencadearia uma queda de volta para a zona de suporte de 1,1637–1,1645.
A estrutura de ondas no gráfico horário permanece simples e clara. A última onda de alta superou o topo anterior, enquanto a última onda de baixa não conseguiu romper o fundo precedente. Isso mantém a tendência em território altista, ainda que sujeita a mudanças frequentes diante do noticiário. Dados recentes do mercado de trabalho e a revisão das expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve continuam favorecendo os touros.
Na sexta-feira, apesar da divulgação de indicadores relevantes, a atenção do mercado se voltou para as negociações entre Vladimir Putin e Donald Trump no Alasca. Na manhã de segunda-feira, ficou claro que houve algum avanço, embora os detalhes não tenham sido divulgados. Tanto os líderes dos EUA quanto da Rússia afirmaram que o diálogo representou progresso em direção à resolução do conflito, mas ressaltaram que uma paz duradoura exigirá mais tempo, a participação da Ucrânia e o enfrentamento das causas profundas da guerra. Nesse sentido, encontros internacionais de alto nível, com a presença de líderes da União Europeia, dos EUA, da Rússia e da Ucrânia, devem continuar.
Por ora, os traders evitam conclusões precipitadas ou movimentos agressivos. Ainda é cedo para prever os resultados das negociações. Um eventual acordo de paz seria positivo para moedas emergentes e secundárias; no entanto, até lá, o dólar preserva sua condição de ativo de refúgio, atraindo demanda em momentos de incerteza — ainda que, neste contexto específico, a dinâmica possa se inverter.
No gráfico de 4 horas, o par formou outra reversão a favor do euro e consolidou-se acima do nível 1,1680. Este nível tem sido ultrapassado com demasiada frequência ultimamente, pelo que não recomendaria confiar nele. O quadro no gráfico horário é muito mais informativo e claro. Não se estão a formar divergências hoje em nenhum dos indicadores.
Relatório de Compromissos dos Traders (COT):
Na última semana de referência, os traders profissionais encerraram 1.058 posições de compra e 530 de venda. O sentimento do grupo "não comercial" segue altista, impulsionado pelas políticas de Donald Trump, e continua a se fortalecer. Atualmente, especuladores mantêm 246 mil posições compradas contra 131 mil vendidas, quase o dobro. Vale destacar também o número de células verdes na tabela: elas indicam forte construção de posições no euro. Na maioria dos casos, observa-se maior interesse pela moeda europeia, enquanto o dólar perde espaço.
Há 27 semanas consecutivas, os grandes participantes vêm reduzindo posições de venda e ampliando posições de compra. As políticas de Trump seguem como o principal fator de atenção no mercado, por seu potencial de gerar problemas estruturais e de longo prazo para a economia dos EUA. Apesar da assinatura de acordos comerciais relevantes, alguns indicadores-chave ainda mostram sinais de enfraquecimento.
Calendário de Notícias para os EUA e a UE:
No dia 18 de agosto, o calendário econômico não traz entradas relevantes. O noticiário não deverá afetar o sentimento do mercado durante a segunda-feira.
Venda do par é possível hoje se o fechamento horário ficar abaixo de 1,1695, com alvos em 1,1637–1,1645 e 1,1590.
Compra poderia ter sido aberta na sexta-feira após o repique da zona 1,1637–1,1645 no gráfico horário, com alvos em 1,1695 e 1,1789. Essas posições podem ser mantidas abertas hoje.
As grades de Fibonacci são foramdas de 1,1789–1,1392 no gráfico horário e de 1,1214–1,0179 no gráfico de 4 horas.