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A estrutura de ondas do GBP/USD segue indicando a formação de um padrão impulsivo de alta. O quadro é praticamente idêntico ao do EUR/USD, já que o único "motor principal" continua sendo o dólar. Com a demanda pela moeda americana em queda no médio prazo, vários ativos apresentam dinâmica quase idêntica. No momento, a onda 4 parece concluída. Se confirmado, o par deverá prosseguir em alta dentro da onda de impulso 5. Ainda há a possibilidade de a onda 4 se estender em uma estrutura de cinco movimentos, mas esse não é o cenário mais provável.
Vale lembrar que grande parte do mercado cambial hoje depende diretamente das políticas de Donald Trump, não apenas das comerciais. Eventualmente surgem notícias positivas vindas dos EUA, mas o mercado segue focado na incerteza econômica, nas decisões contraditórias de Trump e na postura protecionista da Casa Branca. As tensões globais aumentam e, como já mencionado, o dólar é a principal fonte de volatilidade, absorvendo todos os impactos.
Na terça-feira, o GBP/USD praticamente não se moveu. As oscilações de preço permanecem limitadas diante da ausência de notícias econômicas relevantes. Por isso, o mercado prefere aguardar pelo discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira (22). é importante lembrar que Powell raramente faz promessas. Sua postura é tradicionalmente cautelosa, evitando declarações ousadas para não criar compromissos futuros. Por essa razão, não se espera uma fala impactante do presidente do FOMC nesta sexta-feira.
Do ponto de vista de política monetária, a Reserva Federal (Fed) deve retomar o afrouxamento já no próximo mês, o que tende a pressionar novamente a demanda pelo dólar. No quadro atual de ondas, falta apenas uma pequena correção antes da continuação da onda 5, algo que pode se desenvolver nos próximos dias, ou em até uma semana.
Como o afrouxamento do Fed está praticamente dado, Powell pode apenas reforçar a pressão baixista sobre o dólar nesta sexta. Ao mesmo tempo, ele é o único que poderia oferecer algum suporte de curto prazo à moeda americana. Caso afirme que o banco central precisa aguardar novos dados de inflação e mercado de trabalho antes de decidir, isso soaria como um tom mais "hawkish". Apenas nesse cenário a demanda pelo dólar poderia ter um leve alívio.
Vale lembrar que, ainda na primavera deste ano, Powell mencionou o outono de 2025 como o período para "começar a contar os pintinhos". Em minha visão, esse momento não chegará nem mesmo no outono, já que tarifas definitivas ainda não foram implementadas. Powell deve adiar a decisão até o último instante, e estaria certo em fazê-lo.
O quadro de ondas para o GBP/USD permanece inalterado. Estamos lidando com um segmento de tendência impulsiva de alta. Sob Donald Trump, os mercados ainda podem enfrentar inúmeros choques e reversões que poderiam afetar seriamente o padrão de ondas, mas, por enquanto, o cenário de trabalho permanece intacto. Os alvos para o segmento de tendência de alta agora estão localizados próximos a 1,4017. No momento, presumo que a formação da onda corretiva 4 esteja concluída. Portanto, recomendo posições longas com alvo em 1,4017.