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No início da semana, o par EUR/USD registrou uma queda corretiva, sendo negociado próximo da máxima de sexta-feira, ligeiramente acima do nível psicológico de 1,1700. No entanto, uma pressão mais intensa e generalizada sobre a moeda pode ser limitada, já que o dólar norte-americano segue enfraquecido diante do aumento das expectativas de um corte de juros em setembro pelo Federal Reserve. Essas expectativas ganharam força após o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, na última sexta-feira.
Powell destacou que os riscos para o mercado de trabalho estão aumentando, mas reforçou que a inflação continua sendo uma ameaça séria e que nenhuma decisão final foi tomada. Ele acrescentou que o Fed ainda considera desnecessário um novo aperto monetário, mesmo que os níveis de emprego superem patamares sustentáveis.
De acordo com a ferramenta FedWatch da CME, os traders agora atribuem quase 85% de probabilidade a um corte de 25 pontos-base em setembro — acima dos 75% antes das declarações de Powell. Para uma visão mais abrangente sobre os juros, o foco deve se voltar para a divulgação, nesta sexta-feira, do PIB anual dos EUA do 2º trimestre e do Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE) de julho, o principal indicador de inflação acompanhado pelo Fed.
Hoje, os traders também devem acompanhar a divulgação dos dados de vendas de novas casas em julho, em busca de melhores oportunidades de negociação.
Na Europa, declarações relevantes vieram do Banco Central Europeu. Joachim Nagel, membro do Conselho do BCE, afirmou em Jackson Hole que novos cortes de juros só seriam possíveis diante de mudanças significativas nas projeções econômicas. Já Martins Kazaks destacou que o Banco entrou em uma nova fase da política monetária, em que o foco passa a ser o monitoramento da economia, e não mais intervenções ativas para alterar seu rumo, segundo a Bloomberg no domingo.
Do ponto de vista técnico, a quebra da resistência da média móvel de 200 períodos (200-SMA) no gráfico de quatro horas na sexta-feira favorece os compradores, já que os osciladores em todos os intervalos de tempo permanecem positivos. Os preços podem recuar até a média móvel exponencial de 9 períodos (9-EMA), com o próximo suporte na média móvel de 50 períodos (50-SMA). Uma queda abaixo desse nível abriria espaço para 1,1650, sob o qual está a 200-SMA. Caso os preços voltem a cair abaixo dela, o equilíbrio passará a favorecer os vendedores.
Por outro lado, a resistência está em 1,1750, seguida de 1,1770, no caminho em direção ao nível psicológico de 1,1800. Acima desse patamar, os preços podem buscar a máxima de julho, próxima de 1,1830.
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*A análise de mercado aqui postada destina-se a aumentar o seu conhecimento, mas não dar instruções para fazer uma negociação.