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Os índices de ações dos EUA fecharam em alta ontem. O S&P 500 subiu 0,21%, enquanto o Nasdaq 100 avançou 0,41%. O Dow Jones Industrial Average fortaleceu-se 0,25%.
Na terça-feira, os índices globais registraram alta pelo quinto dia consecutivo, impulsionados pelo otimismo em relação a cortes de juros nos EUA, sentimento que se espalhou pela Ásia e estimulou uma onda de compras em ações de tecnologia. Os mercados asiáticos reagiram aos sinais positivos vindos dos Estados Unidos, onde investidores aumentaram as apostas em uma flexibilização da política monetária do Federal Reserve. O índice MSCI Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, apresentou crescimento sólido. O rendimento dos Treasuries de 10 anos subiu 1 ponto-base, para 4,05%. O dólar se enfraqueceu, enquanto o ouro atingiu novo recorde.
Destacam-se as ações de tecnologia, tradicionalmente sensíveis a mudanças nas taxas de juros. Juros mais baixos estimulam investimentos nesses setores, melhoram as perspectivas de rentabilidade e favorecem a expansão dos negócios. Empresas ligadas à inteligência artificial, computação em nuvem e semicondutores se destacaram, com gigantes como Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. e Alibaba Group Holding Ltd. puxando os ganhos nos índices asiáticos. As ações na Coreia do Sul, Taiwan e Hong Kong também avançaram, enquanto os papéis da Indonésia recuaram após a renúncia do ministro das Finanças de longa data.
Nos EUA, os futuros subiram, refletindo a estabilidade do S&P 500 próximo das máximas históricas, enquanto os contratos europeus recuaram diante da instabilidade política na França. Lá, o primeiro-ministro François Bayrou recebeu um voto de desconfiança no Parlamento, resultando na terceira troca de governo em pouco mais de um ano. Os futuros de títulos franceses caíram à medida que os investidores antecipavam a nomeação de um novo premiê.
No Japão, os mercados sentiram o impacto da renúncia do primeiro-ministro Shigeru Ishiba. O índice Nikkei 225 atingiu uma nova máxima intradiária, mas depois retrocedeu para território negativo durante a sessão. Os títulos do governo se fortaleceram após a queda de segunda-feira, já que a saída de Ishiba reforçou as expectativas de uma política fiscal mais flexível.
Nos próximos dias, é provável que os investidores concentrem sua atenção nos acontecimentos nos Estados Unidos. Os dados de inflação ajudarão a esclarecer a trajetória das taxas de juros não apenas para o Fed, mas também para bancos centrais asiáticos, incluindo o Banco Popular da China. Antes da reunião do Fed na próxima semana, espera-se que o núcleo do índice de preços ao consumidor registre alta de 0,3% em agosto, na quinta-feira, marcando o segundo mês consecutivo de ganhos.
Os preços do petróleo subiram pelo segundo dia consecutivo, à medida que investidores avaliam o impacto potencial sobre a demanda após a Arábia Saudita reduzir o preço da maioria de suas variedades de petróleo bruto. O minério de ferro avançou pela sexta sessão consecutiva, aproximando-se do maior fechamento em mais de seis meses, em meio à expectativa de demanda mais forte vinda da China.
No cenário técnico do S&P 500, os compradores precisarão ultrapassar o nível de resistência mais próximo, em US$ 6.505, para dar continuidade à alta e abrir caminho para o próximo patamar, em US$ 6.520. Outro objetivo relevante será manter o controle sobre o nível de US$ 6.540, fortalecendo a posição dos touros. Em caso de queda, acompanhada por enfraquecimento do apetite por risco, os compradores deverão atuar em torno de US$ 6.490. Uma quebra desse nível pode rapidamente levar o índice de volta para US$ 6.473, abrindo espaço para US$ 6.457.