O comércio entre os EUA e a China despenca sob pressão tarifária
As trocas comerciais entre os Estados Unidos e a China sofreram uma queda acentuada, mergulhando em uma crise cada vez mais preocupante. Segundo dados da alfândega chinesa, o comércio bilateral despencou 20% em abril de 2025, totalizando US$ 45,6 bilhões — reflexo direto do prolongado impasse tarifário entre as duas maiores economias do mundo.
A retração foi impulsionada por uma série de aumentos tarifários: os EUA impuseram uma tarifa de 10% sobre todos os produtos chineses, à qual Pequim respondeu com uma taxa de 15% sobre as importações americanas. Desde então, Washington elevou as tarifas para 34% na primavera e, posteriormente, para alarmantes 145%. Em retaliação, a China aumentou suas tarifas para 125%.
O impacto já é visível. Somente em abril, o comércio bilateral encolheu US$ 10,8 bilhões — um sinal considerado preocupante por analistas, que alertam que qualquer alívio temporário nas tarifas teria efeito limitado, uma vez que o curto prazo para adaptação logística e contratual dificulta uma recuperação rápida.
Economistas da Freedom Finance Global alertam que, se as tarifas permanecerem nos níveis atuais (30% para os EUA e 10% para a China), o comércio bilateral pode encolher mais 15% a 20% até o final do ano. E, caso haja novos aumentos tarifários, as perdas podem se multiplicar, atingindo entre US$ 450 bilhões e US$ 460 bilhões — um cenário que ameaça desestabilizar ainda mais a economia global.