Trump defende saída imediata de Powell do Fed
Mais uma vez, nuvens carregadas se formam sobre Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Segundo fontes próximas à Casa Branca, o governo de Donald Trump estaria avaliando uma delicada questão jurídica: o atual presidente tem autoridade para demitir o chefe do Fed? A especulação ganhou força após declarações de Kevin Hassett, principal assessor econômico de Trump. Powell pode precisar se preparar para tempos turbulentos.
No centro da polêmica está uma polêmica reforma na sede da Reserva Federal, cujo orçamento excedeu o limite em US$ 700 milhões — elevando o custo total para impressionantes US$ 2,5 bilhões. Este projeto, que foi anteriormente criticado por congressistas, voltou a ser o centro das atençõesa pós o próprio Hassett indicar que a Casa Branca está revisando o caso com atenção. Segundo ele, se houver base legal e justificativa sólida, Trump pode avançar com a demissão de Powell.
A insatisfação não é recente. O diretor do Escritório de Orçamento da Casa Branca também criticou duramente os gastos com a reforma e expressou frustração com as explicações de Powell. Trump, por sua vez, voltou a atacar o presidente do Fed em declarações feitas na Base Aérea de Andrews, em Maryland, no último domingo. O ex-presidente afirmou que Jerome Powell fazia muito mal ao país, ressaltando que os Estados Unidos deveriam ter a menor taxa de juros do planeta — mas não tinham. Trump ainda criticou a inação de Powell, dizendo que, embora todos soubessem que ele deveria agir, estava gastando US$ 2,5 bilhões para reformar os prédios do Federal Reserve em vez de focar na política monetária.
Diante do crescente desgaste, alguns analistas acreditam que o atual mandatário pode tentar substituir Powell antes do fim de seu mandato, previsto para maio de 2026. No entanto, uma decisão dessa magnitude, levantaria questionamentos sérios sobre a independência do banco central e poderia abalar a autoridade institucional do Fed.
Curiosamente, o nome de Kevin Hassett começa a ser cogitado como possível sucessor. Fontes próximas afirmam que ele teria discutido com Trump, no mês passado, a possibilidade de assumir o comando do sistema de bancos centrais dos EUA — o que adiciona ainda mais tensão a um cenário já carregado de incertezas.