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Isiba nega rumores de renúncia após derrota nas eleições

Isiba nega rumores de renúncia após derrota nas eleições

Alguns veículos de imprensa japoneses, incluindo o jornal Yomiuri, noticiaram que o primeiro-ministro Shigeru Isiba estaria prestes a renunciar ao cargo. A decisão teria sido motivada pela derrota de seu partido nas recentes eleições, nas quais a legenda não conseguiu conquistar cadeiras na câmara alta do Parlamento japonês.

No entanto, logo após os rumores ganharem força, Isiba fez uma declaração pública desmentindo a informação. Segundo ele, não há intenção de renunciar, tampouco houve conversas internas sobre essa possibilidade. O líder do governo japonês classificou os relatos como infundados, mas reconheceu que o momento político atual não lhe é favorável.

No próximo dia 31 de julho, o Partido Liberal Democrata (PLD), liderado por Isiba, realizará uma reunião interna decisiva. Dependendo do resultado, o premiê poderá ser destituído do cargo, o que aumentaria ainda mais o clima de incerteza.

A derrota nas urnas enfraqueceu significativamente a coalizão governista liderada pelo PLD, que agora dependerá do apoio de partidos regionais e, possivelmente, até de adversários para aprovar novas leis no Parlamento.

Curiosamente, a reportagem do Yomiuri surgiu poucas horas após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar um acordo comercial com o Japão. Segundo Trump, o país asiático aceitou um imposto de exportação de 15% sobre seus produtos, além de prometer investimentos de US$ 550 bilhões na economia americana — o que, segundo ele, permitirá aos EUA capturar 90% dos lucros do acordo.

Isiba havia elogiado publicamente o tratado e sinalizado que permaneceria no cargo pelo menos até sua conclusão formal. A dúvida agora é se ele conseguirá sustentar sua liderança até lá.

Diante desse cenário turbulento, a bolsa japonesa teve um desempenho misto, com algumas ações em alta, apesar da pressão de venda no mercado de títulos. Já o iene sofreu leve desvalorização após dois dias de ganhos, refletindo o embate entre o otimismo comercial e a incerteza política interna. O par dólar/iene operava próximo de 147,00, com alta discreta de 0,2%.

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