Bitcoin chega perto de 95% da oferta, sinalizando um momento histórico
O universo cripto está prestes a atingir um dos momentos mais marcantes de sua história. Segundo analistas, menos de 6% de todos os Bitcoins ainda restam para serem minerados, um dado impressionante que evidencia o avanço e a maturidade da rede desde sua criação, em 2009. Com a linha de chegada no horizonte, mineradores aceleram suas operações para garantir sua fatia do “ouro digital”.
A estimativa é que 19,9 milhões de BTC já tenham sido gerados, de um total fixado em 21 milhões — ou seja, quase 95% da oferta total já está em circulação. Esse marco é especialmente significativo considerando que, há pouco mais de 15 anos, o Bitcoin sequer existia.
Desde o início da rede, o ritmo de emissão de novas moedas tem diminuído graças aos chamados halvings, eventos que reduzem pela metade a recompensa dos mineradores. Atualmente, cada bloco minerado rende 3,125 BTC, tornando o processo cada vez mais escasso e valioso.
Por outro lado, a demanda pelo ativo está longe de desacelerar. Somente em 2025, ETFs americanos compraram mais de US$ 20 bilhões em Bitcoin para lastrear suas cotas — quase o dobro do valor de mercado de todas as novas moedas mineradas no mesmo período.
A demanda institucional também segue em forte expansão. Um dos destaques é a MicroStrategy, liderada por Michael Saylor, que se consolidou como o comprador corporativo mais agressivo do mercado cripto.
A história da mineração do Bitcoin demonstra o quanto a oferta vem se tornando mais restrita. Em 2009, a recompensa era de 50 BTC por bloco; depois caiu para 25 BTC em 2012, 12,5 BTC em 2016, 6,25 BTC em 2020 e, mais recentemente, para os atuais 3,125 BTC em 2024. Os próximos halvings estão programados para 2028 e 2032, reforçando a visão de longo prazo sobre a escassez do ativo.
Com cada vez menos Bitcoin disponível e a procura em alta, o mercado pode estar entrando em uma nova fase de valorização sustentada — com forte protagonismo institucional e escassez crescente como pano de fundo.