China afirma ter levado a melhor na guerra comercial com Trump
Eventos atípicos estão ocorrendo no cenário do comércio global. Segundo analistas do The Wall Street Journal, a China tem se destacado como possível beneficiária da guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
De acordo com especialistas, o desempenho da economia chinesa na primeira metade de 2025 é um indicativo da perda de vantagem por parte dos EUA. Nesse período, o Produto Interno Bruto da China cresceu, em média, 5,3%, enquanto a economia americana registrou expansão de apenas 1,25%. Outro ponto relevante, segundo os analistas, é a dificuldade do governo norte-americano em obter concessões significativas de Pequim. Ao contrário de outras nações, a China não cedeu às pressões de Washington. Em resposta, adotou tarifas de 125% sobre produtos norte-americanos, em retaliação às taxas de 145% impostas pelos EUA sobre importações chinesas. Além disso, o governo chinês implementou restrições à exportação de metais de terras raras com destino aos Estados Unidos, afetando setores industriais estratégicos, como o automobilístico e o de defesa.
Posteriormente, a Casa Branca reduziu as tarifas aplicadas a produtos chineses para 30%, e, em contrapartida, Pequim diminuiu suas taxas para 10%. Embora o governo americano tenha tentado apresentar essa medida como um avanço, analistas consideram o episódio mais próximo de uma trégua temporária do que de uma resolução efetiva. Práticas como o suposto dumping e questões relacionadas à propriedade intelectual permanecem sem solução. Paralelamente, os EUA suspenderam controles de exportação para vendas de tecnologias avançadas à China, autorizando inclusive a comercialização de chips de alto desempenho da Nvidia para o país asiático.
Mais recentemente, a imprensa destacou que a China reduziu significativamente o envio de minerais críticos para países europeus. Especialistas alertam que essa medida teve impacto direto sobre empresas ocidentais do setor de defesa.