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Os mercados globais prendem a respiração enquanto a Suprema Corte dos EUA se prepara para decidir sobre as tarifas

Os mercados globais prendem a respiração enquanto a Suprema Corte dos EUA se prepara para decidir sobre as tarifas

A comunidade financeira global e as autoridades dos EUA acompanham atentamente a decisão sobre as tarifas do presidente Donald Trump. Trata-se de um processo decisivo: quem sairá vitorioso? Todas as apostas foram feitas, e agora resta aguardar o desfecho.

De acordo com analistas, a Suprema Corte dos EUA deve manter a decisão que reconhece a legalidade das tarifas impostas por Trump entre março e junho de 2025. Anteriormente, um tribunal federal havia declarado essas tarifas ilegais, mas permitiu que permanecessem em vigor enquanto o recurso era analisado.

O Tribunal de Apelações do Circuito Federal apoiou a opinião do tribunal inferior de que o presidente excedeu sua autoridade sob a International Emergency Economic Powers Act (IEEPA) ao impor tarifas retaliatórias e relacionadas ao fentanil contra China, México e Canadá.

O Departamento de Justiça dos EUA anunciou que apelaria o caso à Suprema Corte. Analistas do Barclays estimam que a decisão final deve ocorrer entre março e junho de 2026. Como as tarifas permanecerão em vigor durante esse período, a reação do mercado tende a ser limitada.

As tarifas contestadas representam cerca de 50% da receita tarifária total dos EUA no atual ano fiscal, podendo chegar a 70% até 2026, segundo estimativas preliminares. Entre elas estão tarifas de 25% e 20% sobre importações do Canadá e México, uma tarifa de 20% sobre a China relacionada ao fentanil e tarifas retaliatórias de 10% sobre produtos chineses. As tarifas setoriais existentes sobre aço, alumínio, automóveis e cobre permanecem inalteradas.

A decisão do tribunal de apelações, tomada por 7 a 4, está suspensa enquanto a Suprema Corte avalia se aceitará o caso. Caso os juízes concordem, os argumentos orais devem ocorrer no início do próximo ano, com uma decisão prevista para meados de 2026. Se o tribunal recusar analisar o caso, a decisão do tribunal de apelações entrará em vigor, cenário considerado altamente desfavorável, pois os EUA poderiam ser obrigados a compensar importadores por perdas decorrentes das tarifas.

O Barclays acredita que a administração Trump pode recorrer a outras autoridades comerciais, incluindo a Seção 338 do Tariff Act de 1930 ou a Seção 301 do Trade Act de 1974. Embora essas provisões possam permitir a reimposição de tarifas, exigiriam análise cuidadosa. Por enquanto, espera-se que a reação do mercado permaneça limitada, já que as tarifas continuarão em vigor até a conclusão do processo legal.

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