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02.05.2025 02:32 PM
Dados do mercado de trabalho dos EUA podem ser uma grande decepção

O crescimento do emprego nos EUA provavelmente desacelerou em abril, embora a taxa de desemprego deva permanecer inalterada, apontando para uma demanda saudável, porém moderada, por mão de obra. Entretanto, a nova política comercial do governo Trump corre o risco de causar danos consideráveis ao mercado de trabalho. Esse será o primeiro relatório a começar a refletir os efeitos das novas restrições comerciais introduzidas no início do mês passado.

A expectativa é de que as folhas de pagamento não agrícolas aumentem em 138.000 em abril, após um resultado mais fraco do que o esperado em março. A projeção é de que o desemprego permaneça em 4,2%.

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Conforme mencionado anteriormente, os dados a serem divulgados pelo Departamento do Trabalho serão os primeiros desde que o governo Trump impôs uma nova rodada de tarifas. As pesquisas que fundamentam o relatório foram realizadas durante a segunda semana de abril — período marcado pela suspensão de algumas tarifas e pelo aumento acentuado de outras sobre produtos chineses —, gerando maior incerteza entre empresas de todos os portes.

É provável que a imigração reduzida e as restrições comerciais exerçam pressão adicional sobre a criação de empregos nos próximos meses, embora muitos economistas não prevejam um impacto significativo já no relatório de abril. Além disso, os fatores sazonais tendem a favorecer o mês de abril, especialmente com o início das contratações no setor de serviços para a temporada de verão.

A expectativa é que o mercado de trabalho comece a mostrar sinais mais claros de deterioração em maio. O relatório de emprego referente a esse mês, previsto para 6 de junho, poderá revelar uma desaceleração mais acentuada nas contratações, particularmente nos setores de logística, lazer e hotelaria.

De modo geral, os economistas projetam que a taxa de desemprego se mantenha historicamente baixa, em 4,2% em abril. Isso se deve, em parte, ao fato de que, superada a escassez generalizada de mão de obra no pós-pandemia, muitas empresas podem preferir manter seus funcionários e cortar custos em outras áreas. Além disso, a forte queda na imigração desde o verão passado reduziu a entrada de novos trabalhadores na força de trabalho, o que pode conter o aumento do desemprego mesmo diante da desaceleração na demanda por mão de obra.

"Continuamos acreditando que a trajetória da taxa de desemprego será lateral no médio prazo, com a desaceleração da imigração pressionando gradualmente a oferta de mão de obra", escreveram economistas do Barclays Plc em nota. "Contudo, estimamos que esse efeito será compensado nos próximos trimestres por uma redução na demanda, provocada pela escalada tarifária e pelo aumento da incerteza política."

Economistas do Citigroup Inc. compartilham dessa visão e projetam um crescimento de empregos abaixo do consenso, em torno de 105.000.

O Federal Reserve acompanhará de perto a evolução do mercado de trabalho, em meio a preocupações crescentes de que as tarifas possam pressionar a inflação. A expectativa é que o comitê de política monetária mantenha as taxas de juros inalteradas em sua reunião de dois dias, marcada para a próxima semana em Washington.

Perspectiva técnica para o EUR/USD

Atualmente, os compradores devem concentrar seus esforços na recuperação do nível de 1,1337. Somente após a consolidação acima desse patamar será viável um teste da resistência em 1,1386. A partir daí, o par poderá avançar em direção a 1,1437, embora atingir esse nível sem o apoio de participantes institucionais relevantes seja um desafio. O objetivo mais ambicioso continua sendo o topo anterior em 1,1487.

Caso o instrumento sofra uma retração, espera-se que o interesse comprador retorne de forma mais significativa na região de 1,1265. Se esse suporte não se sustentar, é plausível considerar um novo teste da mínima em 1,1215 ou avaliar posições compradas a partir do nível de 1,1185.

Perspectiva técnica para o GBP/USD

tualmente, os compradores da libra esterlina precisam superar a resistência imediata em 1,3315. Somente após esse rompimento será possível mirar o nível de 1,3354, que representa um obstáculo significativo. O alvo mais ambicioso no curto prazo é a região de 1,3394.

Caso haja recuo, os vendedores tentarão retomar o controle a partir do suporte em 1,3280. Um rompimento consistente abaixo desse patamar poderá intensificar a pressão vendedora, levando o par GBP/USD a testar a mínima de 1,3250, com possibilidade de extensão até 1,3205.

Jakub Novak,
Analytical expert of InstaTrade
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