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O par EUR/USD registrou uma leve alta na sexta-feira, mas, no geral, vem apresentando uma tendência de queda gradual nas últimas semanas. O movimento tem sido tão lento que recentemente passou a ser classificado como um mercado lateral. No entanto, no gráfico de uma hora, o par rompeu esse canal lateral, o que permite interpretá-lo agora como uma correção de baixa dentro da tendência de alta observada nos últimos três meses.
Houve motivos para o fortalecimento do dólar? Sim, e vários. O atual pano de fundo fundamental é dominado principalmente pela guerra comercial iniciada por Donald Trump — um fator tão relevante que ofusca os demais, cuja influência combinada dificilmente supera 20% sobre o mercado. Por isso, mesmo quando os dados econômicos dos EUA são positivos (desde que não estejam ligados à guerra comercial), o dólar tem dificuldade para se valorizar.
Nas últimas semanas, foram divulgados indicadores sólidos: um relatório robusto de empregos (NonFarm Payrolls), uma taxa de desemprego estável — dadas as condições atuais — e um bom índice de atividade do ISM. O Federal Reserve também manteve a taxa de juros inalterada, e Jerome Powell reiterou que o controle da inflação continua sendo a prioridade, afastando a possibilidade de cortes em breve. Esses fatores deram suporte ao dólar.
A exceção foi o relatório do PIB do primeiro trimestre, que decepcionou, embora já estivesse parcialmente precificado pelo mercado. Apesar de não indicar uma recessão formal, o resultado foi visto como reflexo das tensões comerciais. O verdadeiro risco está na possibilidade de essa desaceleração evoluir para uma recessão prolongada, o que seria um problema grave tanto para a economia dos EUA quanto para o dólar.
Vale mencionar que, nas últimas três semanas, Trump não anunciou novas tarifas e passou a falar apenas sobre acordos comerciais iminentes ou possíveis reduções tarifárias para países que atendam às exigências dos EUA. Até o momento, apenas um acordo foi formalizado — com o Reino Unido. Muitos analistas consideram esse pacto mais simbólico do que substancial, funcionando como pressão indireta sobre outras economias. No entanto, o que realmente importa para os mercados e para o dólar são acordos com potências como China e União Europeia — e, até agora, não houve avanços nesse sentido.
Em resumo, embora o dólar tenha mostrado força recentemente, o mercado ainda hesita em adotá-lo de forma mais agressiva devido à imprevisibilidade de Trump. Se as tensões comerciais continuarem a recuar, o dólar poderá se recuperar gradualmente. Mas todos sabem que, com Trump, um "primeiro ato" de conciliação pode ser rapidamente seguido por um "segundo ato" de confronto.
A volatilidade média do EUR/USD nos últimos cinco dias de negociação, até 12 de maio, foi de 95 pips — um nível considerado "médio". Para esta segunda-feira, a expectativa é de que o par se mova entre os níveis de 1,1154 e 1,1344. O canal de regressão de longo prazo continua apontando para cima, o que indica uma tendência de alta no curto prazo. Na semana passada, o indicador CCI entrou na zona de sobrevenda, sinalizando uma possível continuidade da tendência dentro desse movimento de alta.
S1 – 1.1230
S2 – 1.1108
S3 – 1.0986
R1 – 1.1353
R2 – 1.1475
R3 – 1.1597
O par EUR/USD iniciou uma nova correção de baixa dentro de uma tendência de alta mais ampla. Nos últimos meses, temos reiterado a expectativa de apenas um recuo de médio prazo para o euro — e essa perspectiva permanece inalterada. O dólar, por sua vez, ainda carece de fundamentos sólidos para cair, exceto pela influência de Donald Trump. No entanto, esse único fator tem sido suficiente para pressionar a moeda americana, enquanto o mercado ignora os demais elementos.
Para quem opera com base em "aspectos puramente técnicos" ou no impacto das declarações de Trump, as posições compradas seguem válidas enquanto o preço estiver acima da média móvel, com alvo em 1,1475. Já as posições vendidas são mais indicadas se o preço cair abaixo da média móvel, com metas em 1,1129 e 1,1108. A tendência lateral chegou ao fim, mas ainda não se espera uma recuperação expressiva do dólar.
Canais de regressão linear ajudam a identificar a tendência predominante. Quando ambos os canais estão alinhados, isso reforça a presença de uma tendência forte.
A média móvel suavizada (parâmetros: 20,0) indica a direção da tendência de curto prazo e serve como referência para decisões de compra ou venda.
Os níveis de Murray funcionam como alvos potenciais para movimentos de preço e correções.
Os níveis de volatilidade (linhas vermelhas) delimitam a faixa provável de oscilação do par nas próximas 24 horas, com base na volatilidade atual.
O indicador CCI sinaliza uma possível reversão quando entra em zona de sobrevenda (abaixo de -250) ou de sobrecompra (acima de +250), sugerindo uma mudança iminente de direção no preço.