Na sexta-feira, o par EUR/USD caiu para a zona de suporte de 1,1374–1,1380, recuperou e virou a favor do euro. Na segunda-feira, começou um novo movimento de alta em direção ao nível corretivo de Fibonacci de 76,4% em 1,1454. Assim, a tendência de alta permanece intacta e, mais uma vez, os ursos não conseguiram contrariar os touros.

A estrutura das ondas no gráfico horário permanece clara. A última onda de baixa não rompeu a mínima anterior, enquanto a mais recente onda de alta superou a máxima anterior. Portanto, a tendência segue sendo de alta. As notícias recentes sobre um possível aumento nas tarifas sobre aço e alumínio forçaram, mais uma vez, os vendedores a recuar. A tendência só passaria a ser considerada de baixa caso o par se consolidasse abaixo da zona de 1,1374–1,1380.

O pano de fundo informacional da sexta-feira foi ao mesmo tempo relevante e intenso. Os traders aguardaram durante toda a semana — ou até mais — pelos dados sobre o mercado de trabalho e a taxa de desemprego, já que esses números atualmente exercem a maior influência sobre as decisões de política monetária do FOMC. Anteriormente, o Federal Reserve concentrava-se principalmente na inflação, mas as tarifas impostas por Donald Trump levaram o regulador a mudar seu foco. Agora, o Fed monitora de perto o desempenho do mercado de trabalho e da economia como um todo.

Embora o PIB tenha registrado uma contração de 0,3% no primeiro trimestre, ainda não há grandes sinais de alerta. No entanto, o mercado de trabalho pode começar a enfraquecer e o desemprego a aumentar. Pelo segundo mês consecutivo, os traders anteciparam dados fracos, o que manteve o dólar sob forte pressão. Caso o mercado de trabalho efetivamente comece a retrair, isso indicaria que o Fed poderá ser forçado a retomar o ciclo de afrouxamento da política monetária. A inflação continua sendo um fator importante, mas o segundo mandato do Fed é garantir o pleno emprego.

Ainda assim, o relatório de folhas de pagamento não agrícolas (Nonfarm Payrolls), pelo segundo mês seguido, não decepcionou os participantes do mercado. Embora não tenha provocado grande entusiasmo, tampouco frustrou expectativas. Nesse cenário, o dólar registrou apenas uma alta pontual de 50 pontos — movimento que já havia sido revertido na manhã de segunda-feira.

No gráfico de 4 horas, o par subiu para o nível corretivo de Fibonacci de 127,2% em 1,1495 e rebateu a partir dele, sugerindo uma possível queda em direção ao nível de Fibonacci de 100,0% em 1,1213. Uma consolidação acima de 1,1495 aumentaria a probabilidade de um crescimento adicional em direção ao próximo nível corretivo de Fibonacci de 161,8% em 1,1851. Uma divergência de alta se formou no indicador CCI, e um retorno ao nível de 1,1495 é possível no futuro próximo. O canal de tendência indica que a tendência de alta permanece intacta.

Relatório de Compromisso dos Traders (COT):

Durante a última semana de referência, os traders profissionais encerraram 1.540 posições compradas e 4.830 posições vendidas. O sentimento do grupo "Não-Comercial" permanece otimista — em grande parte graças a Donald Trump. Atualmente, os especuladores detêm cerca de 203 mil posições compradas e 120 mil posições vendidas, com a diferença entre elas (salvo raras exceções) continuando a se ampliar. Isso indica que a demanda pelo euro segue forte, ao contrário do que se observa com o dólar. A situação permanece estável.

Há dezoito semanas consecutivas, os grandes players vêm reduzindo suas posições vendidas e aumentando as compradas. A divergência entre as políticas monetárias do BCE e do Fed é relevante, mas os traders parecem considerar as ações de Donald Trump ainda mais determinantes, já que elas podem desencadear uma recessão nos Estados Unidos e provocar diversos outros problemas estruturais de longo prazo.

Calendário econômico para os EUA e a zona do euro:

Em 9 de junho, o calendário econômico não contém nenhuma publicação importante. Portanto, não se espera que as notícias influenciem o sentimento do mercado na segunda-feira.

Previsão e dicas de negociação para o EUR/USD:

As vendas do par foram possíveis após uma recuperação do nível 1,1454, com metas em 1,1374–1,1380 e 1,1320. A primeira meta foi alcançada. Recomendei a compra após uma recuperação da área de 1,1374–1,1380, visando chegar a em 1,1454. Essas negociações podem agora permanecer abertas.

Grades de Fibonacci:

Formada entre 1,1574 e 1,1066 no gráfico horário e entre 1,1214 e 1,0179 no gráfico de 4 horas.