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Ontem, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) votou por unanimidade pela manutenção da taxa de juros dos fundos federais na faixa de 4,25% a 4,5%. O comitê também divulgou projeções econômicas atualizadas — as primeiras desde que o presidente Trump introduziu tarifas comerciais em abril — que indicam expectativas de crescimento econômico mais fraco, inflação mais alta e aumento do desemprego ainda este ano.
Em coletiva após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou sua visão de que o banco central "tem a capacidade de esperar e obter mais informações sobre a provável trajetória da economia antes de considerar qualquer ajuste na política monetária".
As projeções para a taxa de juros revelaram uma divisão: sete autoridades agora não preveem cortes nas taxas este ano, contra quatro em março, enquanto duas projetam um corte. Paralelamente, dez dirigentes acreditam que será apropriado reduzir as taxas pelo menos duas vezes até o fim de 2025. Antes desta reunião, muitos membros já haviam sinalizado preferência por manter os juros inalterados por algum tempo, aguardando maior clareza sobre os efeitos das políticas econômicas de Trump sobre a inflação e a atividade econômica. Esse cenário agora se agrava com as tensões geopolíticas no Oriente Médio.
No comunicado pós-reunião, o Fed retirou a linguagem anterior que indicava aumento dos riscos tanto para o desemprego quanto para a inflação. Embora reconheçam que a incerteza sobre as perspectivas econômicas diminuiu, ela ainda permanece elevada.
Autoridades do Fed e economistas concordam que o uso de tarifas comerciais pelo governo deve pressionar a atividade econômica e gerar pressões inflacionárias adicionais. As projeções de taxas divulgadas ficaram alinhadas às expectativas do mercado, que já precificavam cortes ainda este ano. Questionado sobre a divergência nas projeções internas, Powell minimizou a questão, destacando que, diante do elevado grau de incerteza, "ninguém está comprometido com um caminho específico neste momento".
Os títulos do Tesouro dos EUA encerraram o pregão praticamente estáveis, com os rendimentos se afastando das mínimas do dia. Os traders continuam apostando em dois cortes nas taxas este ano, sendo o primeiro provavelmente em setembro.
Nas projeções econômicas atualizadas, o Fed elevou sua estimativa mediana de inflação para o final de 2025, de 2,7% para 3%. A projeção de crescimento foi revisada de 1,7% para 1,4%, enquanto a expectativa para a taxa de desemprego subiu de 4,3% para 4,5% até o fim do ano.
Perspectiva técnica para EUR/USD
No momento, os compradores precisam recuperar o nível de 1,1485, o que abriria espaço para um teste em 1,1530. A partir daí, um movimento em direção a 1,1580 seria possível, embora difícil sem o suporte dos grandes players. O alvo mais ambicioso é a máxima em 1,1630.
Em caso de recuo, espera-se que os principais compradores atuem na região de 1,1445. Caso esse nível não sustente o preço, o cenário mais prudente seria aguardar um teste da mínima em 1,1410 ou considerar novas posições de compra na faixa de 1,1370.
Perspectiva técnica para GBP/USD
Os compradores da libra precisam romper a resistência imediata em 1,3425. Apenas com essa confirmação será possível mirar o nível de 1,3445, embora superar essa faixa se mostre bastante desafiador. O alvo mais distante está em 1,3475.
Se o par recuar, os vendedores tentarão assumir o controle na região de 1,3385. Uma quebra consistente desse suporte representará um golpe significativo para os compradores e poderá levar o GBP/USD para a mínima de 1,3360, com possibilidade de extensão até 1,3335.