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Ontem, os mercados financeiros dos EUA permaneceram fechados. Os índices de ações dos EUA encerraram o pregão eletrônico com resultados mistos: o S&P 500 recuou 0,03%, o Nasdaq 100 avançou 0,13% e o Dow Jones Industrial Average perdeu 0,10%.
Os índices de ações europeus subiram, o dólar enfraqueceu e os preços do petróleo caíram depois que a Casa Branca negou rumores de que os EUA estariam prestes a se juntar a Israel em ataques contra o Irã.
O índice Stoxx Europe 600 avançou 0,4%, embora siga a caminho de registrar sua primeira perda semanal desde o início de abril. As ações dos setores de viagens e lazer lideraram os ganhos, enquanto os papéis de energia recuaram. Os futuros do S&P 500 subiram após a queda de 0,9% na quinta-feira, em um dia de baixa liquidez devido ao feriado de Juneteenth nos Estados Unidos. Já o petróleo Brent recuou 2,6%, devolvendo parte dos ganhos acumulados no início da semana. Os rendimentos dos Treasuries permaneceram estáveis, enquanto o índice do dólar caiu pelo segundo dia consecutivo.
O sentimento do mercado deteriorou-se após relatos de que altos funcionários dos Estados Unidos estariam se preparando para um possível ataque ao Irã nos próximos dias. No entanto, a Casa Branca esclareceu que o presidente Donald Trump tomará uma decisão dentro de duas semanas e que uma solução diplomática ainda é considerada uma possibilidade concreta. Paralelamente, Israel realizou novos ataques a instalações nucleares iranianas na quinta-feira e alertou que suas ações poderiam desestabilizar a liderança de Teerã. Ambas as partes agora aguardam a decisão dos Estados Unidos.
A escalada das tensões no Oriente Médio segue como uma das principais preocupações para os mercados acionários globais. Nesse ambiente de extrema incerteza, os traders avaliam com cautela os possíveis desdobramentos. O risco de um conflito em larga escala na região representa uma ameaça significativa à economia global. Ainda assim, persiste a esperança de uma saída diplomática que alivie as tensões e restabeleça certa estabilidade nos mercados. A decisão de Trump será crucial para definir o rumo desta crise. Até que haja clareza, a expectativa é de que a volatilidade se mantenha elevada, exigindo dos investidores uma postura cautelosa.
Segundo estimativas da Capital Economics Ltd., cenários mais extremos, decorrentes de um eventual envolvimento militar direto dos EUA no conflito entre Israel e Irã, poderiam elevar os preços do petróleo para uma faixa entre US$ 130 e US$ 150 por barril, especialmente se houver uma retaliação significativa por parte do Irã. Um movimento dessa magnitude teria potencial para interromper os atuais ciclos de afrouxamento monetário dos principais bancos centrais. O próprio Federal Reserve, recentemente, revisou para baixo suas projeções de crescimento econômico e elevou suas expectativas para a inflação.
Embora os ataques aéreos recentes representem riscos claros para o panorama energético global, no momento, o mercado parece precificar um impacto limitado sobre os preços do petróleo. "Os mercados, em geral, ignoram os riscos geopolíticos até que um conflito de fato se materialize — e, neste momento, não há sinais de que estejam precificando um cenário de pior caso", afirmaram os analistas.
No Japão, a inflação subjacente ao consumidor acelerou para o maior nível em dois anos, exatamente no momento em que o primeiro-ministro Shigeru Ishiba se prepara para as eleições de verão e o Banco do Japão (BoJ) avalia o ritmo da trajetória inflacionária no país.
O principal objetivo dos compradores hoje será romper a resistência imediata em 5.975. Um avanço bem-sucedido acima desse nível pode desencadear uma nova onda de valorização, abrindo caminho para uma alta em direção a 5.986. Além disso, será igualmente crucial defender a região dos 6.013, o que consolidaria o controle dos compradores e fortaleceria o viés altista.
No cenário de baixa, caso o apetite por risco diminua, espera-se que os compradores tentem se sustentar na área de suporte em torno de 5.962. Uma quebra abaixo desse nível pode acelerar a correção, levando o índice de volta para 5.946, com possibilidade de estender o recuo até 5.933.