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07.07.2025 03:23 PM
Contagem Regressiva: Três dias para evitar tarifas

Com a aproximação do dia 9 de julho — prazo fixado pelo presidente Trump —, os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos passaram o fim de semana numa corrida contra o tempo, tentando concluir acordos ou pleiteando mais prazo para negociar.

Enquanto isso, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que alguns países que não conseguirem finalizar um acordo até quarta-feira poderão ganhar uma extensão de mais três semanas para seguir negociando.

— Vamos estar muito ocupados nas próximas 72 horas — disse Bessent no domingo, referindo-se ao pouco tempo que resta até o prazo estipulado pelo governo.

Na noite de domingo, Trump publicou em suas redes sociais que as cartas sobre novas tarifas começariam a ser enviadas ao meio-dia de segunda-feira, no horário de Washington. O presidente já havia dito que as comunicações destinadas a 15 parceiros comerciais estavam prontas para envio e deu a entender que alguns acordos estavam próximos de ser fechados.

Trump declarou que achava que até o dia 9 de julho quase todos os países estariam definidos, seja por meio de uma carta, seja através de um acordo.

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No domingo, em entrevistas a dois programas de TV, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, deixou claro que as cartas tarifárias que o presidente Donald Trump pretende enviar nesta semana não serão a palavra final. As tarifas só devem entrar em vigor em 1º de agosto, o que significa que os países que ainda não fecharam acordos terão um prazo extra para apresentar propostas.

Bessent explicou que o foco está em 18 parceiros comerciais estratégicos e que vários acordos importantes estão próximos de serem concluídos — embora muitos países ainda estejam "ganhando tempo". Vale lembrar que Trump e sua equipe já anunciaram diversas vezes que os acordos estavam a caminho e que seriam inevitáveis. Mas, até agora, poucos realmente saíram do papel. Entre os avanços estão um acordo com o Reino Unido, uma trégua comercial com a China e um pacto com o Vietnã.

As declarações mais recentes tanto de Trump quanto de Bessent mostram que o clima nas negociações ainda é instável. O secretário afirmou que Washington está colocando pressão máxima sobre seus parceiros, e que houve progresso significativo nos diálogos com a União Europeia — bloco que responde por quase 20% do comércio de bens com os EUA.

A Coreia do Sul, por sua vez, está preocupada com a possibilidade de tarifas sobre seus automóveis e tenta negociar uma prorrogação de prazo com os EUA, numa tentativa final de evitar medidas mais severas.

Do outro lado do Pacífico, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, afirmou que o Japão está pronto para qualquer cenário. "Estamos preparados para proteger nossos interesses e responder a todas as possibilidades", declarou, em referência às possíveis tarifas sobre veículos — uma das maiores preocupações do país.

Na sexta-feira, o governo do Camboja anunciou um acordo preliminar com os Estados Unidos, que deve ser divulgado em breve. O país, que exporta principalmente têxteis e calçados para os EUA, promete uma cooperação econômica mais estreita.

Já a Indonésia sinalizou que está perto de concluir um acordo comercial abrangente com os EUA, que incluiria temas como minerais estratégicos, energia, defesa e acesso ao mercado. O objetivo é fechar tudo antes da entrada em vigor das novas tarifas.

A Tailândia também fez sua última cartada: para evitar a tarifa de 36% sobre suas exportações, o país ofereceu maior acesso ao mercado tailandês para produtos agrícolas e industriais dos EUA, além de se comprometer a comprar mais energia e aeronaves da Boeing.

Apesar de tantas movimentações, os mercados parecem já ter se acostumado ao fluxo constante de notícias sobre negociações comerciais, o que explica a falta de reações mais fortes até agora.

Cenário técnico – EUR/USD: O par EUR/USD segue em tendência de alta, mas precisa superar a região de 1,1790 para manter o ritmo. Acima desse nível, os compradores podem mirar resistências em 1,1825 e depois em 1,1866. O objetivo mais ambicioso permanece em 1,1910. Já em caso de correção, espera-se uma reação compradora mais sólida em 1,1750. Se o suporte falhar, os traders devem observar os níveis de 1,1715 e, mais abaixo, 1,1675 para possíveis entradas longas.

Cenário técnico – GBP/USD: No par GBP/USD, os compradores precisam reconquistar a resistência em 1,3640. Se esse nível for superado, o próximo alvo será 1,3675, com possibilidade de avanço até 1,3710. No entanto, esse movimento exigirá força de compra consistente. Em caso de queda, os vendedores buscarão assumir o controle em torno de 1,3600. Um rompimento desse suporte abriria espaço para uma queda até 1,3565 e, em seguida, 1,3535.

Jakub Novak,
Analytical expert of InstaTrade
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