No gráfico horário, o padrão de ondas segue simples e direto. A última alta superou a máxima anterior, e a nova mínima nem chegou perto de formar um ponto mais baixo. Isso reforça que a tendência ainda é de alta. A falta de avanços reais nas negociações comerciais entre os EUA e seus parceiros, somada à baixa probabilidade de acordos concretos com a maioria dos países, tem impedido os vendedores (ursos) de partirem para ataques mais fortes.

Nesta semana, as atenções estão totalmente voltadas para as tarifas que Donald Trump já anunciou ou está prestes a anunciar. No começo da semana, surgiu uma lista com 15 países que enfrentarão tarifas mais altas — incluindo Coreia do Sul e Japão. Ontem, uma nova lista foi divulgada, com o Brasil como um dos principais alvos. Além disso, Trump revelou a intenção de impor tarifas sobre todas as importações de cobre e produtos farmacêuticos. Ou seja, estamos falando de aumentos generalizados e da criação de novas tarifas.

Diante desse cenário, não vejo nada que possa dar novo fôlego aos vendedores. O fato de o dólar americano ainda não ter retomado sua forte queda em 2025 não significa que esteja imune a futuras fraquezas. Acredito que ele possa se manter estável por mais uma semana, mas isso dificilmente evitará uma nova fase de desvalorização. Trump está fazendo tudo para que esse cenário se confirme, enquanto os parceiros comerciais dos EUA não demonstram pressa para assinar acordos "draconianos", com tarifas tão duras quanto as propostas.

No gráfico de 4 horas, o par voltou ao nível 1,1680. Uma recuperação a partir deste nível favoreceria o euro e uma retomada do crescimento em direção ao próximo nível corretivo de Fibonacci de 161,8% em 1,1851. Uma quebra abaixo deste nível abriria caminho para uma queda em direção ao limite inferior do canal de tendência ascendente. Atualmente, não há divergências visíveis em nenhum indicador.

Relatório de Compromissos dos Traders (COT):

Na última semana de relatório, os traders profissionais abriram 1.188 novas posições compradas e 4.786 posições vendidas. O sentimento do grupo "Não Comercial" segue claramente otimista — impulsionado, em grande parte, pelas políticas de Donald Trump — e continua se fortalecendo com o tempo. Atualmente, os especuladores mantêm cerca de 225.000 posições compradas contra 117.000 vendidas, e a diferença entre esses números só aumenta, salvo raras exceções. Isso revela uma forte demanda pelo euro, enquanto o dólar continua sem encontrar muito suporte. A situação, no geral, segue estável.

Já são 22 semanas consecutivas em que os grandes traders vêm reduzindo suas posições vendidas e ampliando as compradas. Apesar da forte divergência nas políticas monetárias do BCE e do Fed, o fator Trump pesa mais nesse cenário. Suas políticas são vistas como um risco significativo, trazendo potenciais ameaças de recessão e outros problemas estruturais de longo prazo para a economia dos Estados Unidos.

Calendário econômico para os EUA e a zona do euro:

• EUA – Pedidos iniciais de seguro-desemprego (12:30 UTC)

Em 10 de julho, o calendário econômico não contém divulgações importantes. Assim, é improvável que o mercado seja influenciado por notícias significativas hoje.

Previsão e dicas de negociação para o EUR/USD:

Não consideraria vender o par hoje, pois não vejo o nível 1,1712 como forte. Oportunidades de compra podem surgir após uma recuperação do nível 1,1680 no gráfico de 4 horas, com um alvo em 1,1802, já que os otimistas continuam a controlar o mercado e o cenário noticioso permanece favorável.

As grades de Fibonacci são formadas usando 1,1574–1,1066 no gráfico horário e 1,1214–1,0179 no gráfico de 4 horas.