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Nagel enfatizou que, apesar da leve desaceleração da inflação nos últimos meses, os riscos de alta permanecem, em grande parte devido às tarifas comerciais impostas pelo governo Trump. Ele observou que as pressões inflacionárias subjacentes — excluindo componentes voláteis como os preços de energia e alimentos — continuam persistentes, o que reforça a necessidade de vigilância contínua por parte das autoridades monetárias.
O presidente do Bundesbank também manifestou preocupação com os possíveis riscos ao crescimento econômico. Segundo ele, a economia europeia já enfrenta diversos desafios, incluindo os efeitos das tarifas norte-americanas e o aumento da incerteza global. Diante desse cenário, Nagel defendeu uma abordagem mais cautelosa e gradual em relação à política monetária. Ele sugeriu que o Banco Central Europeu deveria acompanhar de perto os dados econômicos e considerar os efeitos acumulados dos cortes de juros anteriores antes de adotar novas medidas. Também destacou a importância de uma comunicação clara com os mercados, a fim de evitar choques inesperados e garantir uma transição suave diante de mudanças nas condições econômicas.
Segundo Nagel, a política monetária agora "exige uma mão firme", indicando que setembro provavelmente será o momento adequado para uma "reavaliação" da situação.
Após oito cortes consecutivos entre junho de 2024 e junho de 2025, o BCE deverá manter as taxas de juros inalteradas na reunião de julho. No entanto, é esperada uma sinalização mais clara durante a reunião de 10 e 11 de setembro, quando serão divulgadas novas projeções econômicas.
Nagel também afirmou que a política recorrente de aumento de tarifas promovida pelo presidente Donald Trump lançava uma sombra sobre as perspectivas econômicas globais, ressaltando que o impacto dessa política sobre a inflação ainda era altamente incerto. De acordo com ele, a incerteza em torno das tarifas exercia pressão sobre os mercados financeiros e prejudicava o desenvolvimento econômico. Em entrevista a um jornal alemão, Nagel declarou que a União Europeia deveria buscar um acordo rápido com os Estados Unidos — mas alertou que esse acordo não poderia ser firmado a qualquer custo.
Perspectiva técnica do EUR/USD:
No momento, os compradores precisam recuperar o nível de 1,1625 para abrir caminho para um teste em 1,1660. A partir desse ponto, um avanço até 1,1690 se torna possível, embora isso exija forte apoio dos principais players do mercado. O alvo final da alta seria a máxima de 1,1720. Caso ocorra uma queda, espera-se atividade compradora significativa apenas próxima de 1,1590. Se esse suporte não se sustentar, pode ser mais prudente aguardar uma nova mínima em 1,1550 ou considerar entradas em 1,1495.
Perspectiva técnica do GBP/USD:
Os compradores da libra precisam superar a resistência em 1,3420. Só então será possível mirar em 1,3464 — um nível que deverá apresentar forte resistência. O alvo mais ambicioso seria 1,3500. Em caso de queda, os ursos buscarão retomar o controle em 1,3375. Um rompimento abaixo desse nível representaria um golpe significativo para os touros, podendo levar o par a 1,3335, com potencial para atingir 1,3290.