Durante o fim de semana, Estados Unidos e União Europeia firmaram um acordo comercial, o que reforçou o otimismo já impulsionado recentemente pelo pacto entre EUA e Japão e aliviou temores quanto a uma possível guerra comercial global. Nos próximos dias, autoridades de alto escalão dos EUA e da China — incluindo o secretário do Tesouro americano, Scott Bessont, e o vice-premiê chinês, He Lifeng — deverão retomar as negociações para resolver disputas econômicas de longa data e, possivelmente, estender a atual trégua por mais três meses.

Na segunda-feira, o dólar americano registrou sua maior alta desde o início de maio, acumulando valorização de quase 1,5% em julho e alcançando seu primeiro desempenho mensal positivo em um ano. Como consequência, o preço do ouro caiu para o menor nível em três semanas.

No entanto, os compradores de dólar fizeram uma pausa temporária antes da divulgação de novos sinais do Federal Reserve sobre a trajetória da taxa de juros. Esses sinais devem ser apresentados após o encerramento da reunião de dois dias do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que começa nesta terça-feira. A expectativa é de que o Fed mantenha as taxas inalteradas, direcionando a atenção para a declaração que acompanha a decisão e para a coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, que poderá oferecer pistas mais claras sobre os próximos passos da política monetária.

Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, estabeleceu um novo prazo — de 10 a 12 dias — para que a Rússia apresente avanços na resolução do conflito na Ucrânia. Caso contrário, sua administração deverá impor tarifas secundárias de 100% a países que continuarem adquirindo exportações russas. Essa ameaça mantém elevadas as tensões geopolíticas e sustenta a demanda por ativos de refúgio, como o ouro.

Hoje, para melhores oportunidades de negociação, os traders devem aguardar a divulgação de dados econômicos importantes dos EUA, incluindo o relatório JOLTS sobre vagas de emprego em aberto e o Índice de Confiança do Consumidor do Conference Board, ambos previstos para a sessão norte-americana. Esses indicadores podem influenciar diretamente a taxa de câmbio do dólar e, combinados com as notícias sobre comércio e o sentimento geral do mercado, criar oportunidades de curto prazo para commodities como o ouro.