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26.09.2025 03:13 PM
Bitcoin em busca de recordes. Será que chegará a US$ 200.000 até 2026?

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Muitos analistas acreditam que, no próximo verão, a principal criptomoeda poderá alcançar os impressionantes US$ 200.000. Eles atribuem 50% de probabilidade a esse cenário, que pode se concretizar caso o ativo entre em uma nova onda de crescimento.

Nesta semana, o preço do Bitcoin subiu quase 6%, o que renovou as esperanças de analistas e participantes do mercado em relação a um movimento altista adicional. Segundo Timothy Peterson, analista de criptoativos, até junho de 2026 o BTC poderá atingir uma nova máxima histórica de US$ 200.000. O especialista também estima em 50% as chances de esse pico ser alcançado.

Ao final da semana, o Bitcoin se manteve estável: na sexta-feira, 26 de setembro, iniciou um movimento lateral próximo de US$ 109.506, com mínima diária de US$ 108.713 e máxima de US$ 112.636.

Previsões otimistas para o preço do Bitcoin

De acordo com T. Peterson, para que o mercado cripto atinja a meta de US$ 200.000, seria necessário um retorno médio mensal de 7%, equivalente a um ganho anual de aproximadamente 120%. O analista apresentou dois possíveis cenários otimistas para a trajetória do BTC: um que aponta para uma nova máxima histórica em torno de US$ 240.000 e outro, mais conservador, que projeta uma alta até US$ 160.000.

Apesar dessas previsões, a dinâmica atual do Bitcoin está longe de ser positiva. Em alguns momentos, a principal criptomoeda chegou a recuar abaixo de US$ 111.000 e, atualmente, é negociada pouco acima de US$ 108.000. Segundo especialistas, esse é o nível mais fraco observado em setembro. No momento, a capitalização de mercado do BTC é de US$ 2,17 trilhões, enquanto o volume diário ultrapassa US$ 75,54 bilhões.

Investidores aguardam os relatórios PCE desta sexta-feira

Apesar do otimismo com as perspectivas de longo prazo, o impulso de curto prazo do mercado de criptomoedas tem enfrentado desafios. Na quinta-feira, 25 de setembro, o Bitcoin e outras criptomoedas, como Ethereum (ETH), XRP e Solana (SOL), sofreram quedas acentuadas, à medida que os investidores passaram a focar nos próximos dados econômicos.

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Os participantes do mercado estão atentos à divulgação, nesta sexta-feira, dos relatórios de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) dos EUA, principal indicador de inflação acompanhado pelo Fed. Esses dados podem influenciar as próximas decisões sobre juros. Quando as taxas caem, ativos mais estáveis, como títulos e ações, oferecem rendimentos menores, levando investidores a migrar para ativos mais arriscados, como criptomoedas.

No início desta semana, o mercado cripto enfrentou uma forte onda de vendas, marcando a maior redução em posições alavancadas do ano. Muitos investidores reduziram suas apostas compradas, formadas após o recente corte de 25 pontos-base na taxa pelo Fed.

A queda recente se destacou em uma semana volátil. Para grande parte do mercado, a retração do BTC é vista como um recuo tático, e não como uma capitulação. Em meio ao aumento da liquidez e à pressão sobre os líderes de mercado, os investidores voltam os olhos para os próximos dados econômicos, na expectativa de que relatórios positivos ajudem os ativos digitais a recuperar terreno.

Ainda assim, o mercado de criptomoedas permanece tenso: nas últimas três semanas, sua capitalização caiu para mínima de US$ 3,83 trilhões. Segundo observações de analistas, o mercado cripto está afundando ainda mais abaixo de sua média móvel de 50 dias. Ao mesmo tempo, altcoins e algumas moedas de países desenvolvidos perderam valor desde o corte de juros do Fed. Desde terça-feira, 23 de setembro, os principais índices de ações dos EUA — Nasdaq 100 e S&P 500 — também acompanharam esse movimento.

Uma revisão surpresa do PIB dos EUA, divulgada na quinta-feira, 25 de setembro, abalou os ativos sensíveis ao cenário macroeconômico e colocou novamente o setor de criptomoedas em destaque. No segundo trimestre de 2025, a economia americana cresceu 3,8%, superando significativamente as estimativas dos especialistas. O resultado elevou os rendimentos dos títulos do Tesouro à máxima de três semanas e reduziu a probabilidade de novos cortes de juros.

O Bitcoin foi o mais impactado, caindo abaixo de US$ 109.000 e atingindo o menor nível em um mês. O Ethereum também registrou perdas acentuadas, enquanto ações ligadas ao mercado cripto, como a MicroStrategy (MSTR), recuaram 4,5%. Vale lembrar que a MicroStrategy é a maior detentora corporativa de BTC.

Neste cenário, a volatilidade implícita do Bitcoin caiu ao nível mais baixo desde 2023. Segundo a XWIN Research, os dados atuais de blockchain sugerem uma "calmaria antes da tempestade", condição que, no passado, precedeu movimentos de alta expressivos. Analistas da CoinW concordam: "Taxas de financiamento negativas, padrões sazonais e aportes em ETFs institucionais aumentam as chances de valorização do BTC." Dados da CoinGlass mostram que, em outubro, o ativo principal registrou alta em 10 dos últimos 12 anos.

O cenário econômico, entretanto, segue incerto. Caso a inflação nos EUA se mantenha moderada, novos cortes de juros pelo Fed ainda são possíveis. Nesse contexto, a liquidez de mercado aumentaria, apontam especialistas. Segundo analistas da QCP Capital, esse fator pode ser o principal motor de uma tendência de alta do Bitcoin em outubro.

Larisa Kolesnikova,
Analytical expert of InstaTrade
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