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A marcação de ondas no gráfico de 4 horas do EUR/USD permaneceu estável por vários meses, mas nos últimos dias começou a mostrar certa complexidade. Ainda é cedo para afirmar que a seção de tendência de alta foi cancelada, embora uma estrutura de ondas mais complexa seja possível em breve.
A tendência de alta continua em formação, e o cenário de notícias favorece principalmente moedas fora do dólar. A guerra comercial iniciada por Donald Trump permanece, assim como o impasse com o Fed. As expectativas de uma postura mais dovish do Fed estão crescendo. A avaliação do mercado sobre os primeiros 6–7 meses de Trump no cargo segue bastante baixa, apesar do crescimento do PIB de quase 4% no segundo trimestre.
Atualmente, a onda de impulso 5 parece estar em construção, com alvos potenciais se estendendo até o nível de 1,25. Dentro dessa onda, a estrutura é complexa e ambígua, mas em uma escala maior não há grandes dúvidas. Observam-se três ondas de alta, indicando que o instrumento está formando a onda 4 de 5, que assume a forma de uma estrutura de três ondas. Um recuo mais acentuado exigiria ajustes na marcação atual.
Na segunda-feira, o EUR/USD subiu cerca de 40 pontos-base, mas o dia ainda não terminou. Uma nova "nuvem negra" se forma sobre o dólar, o que pode gerar pressão vendedora adicional sobre a moeda americana. Nas últimas semanas, o dólar vinha se sustentando com o apoio do relatório do PIB dos EUA e pela incerteza sobre os próximos passos da política monetária de Jerome Powell. O mercado não aprecia incerteza — e quando esta envolve o dólar, a tendência é afastar-se da moeda.
A partir de quarta-feira, muitas instituições do governo dos EUA podem ser temporariamente fechadas caso republicanos e democratas não cheguem a um acordo sobre o orçamento para o próximo ano fiscal, gerando uma nova paralisação. Desta vez, o risco é maior: além da suspensão temporária das atividades, há ameaça de demissões em massa, segundo o próprio presidente. Também não está claro como o Departamento de Estatísticas funcionará e quais dados serão compilados durante o fechamento.
Portanto, a queda do dólar nesta semana pode não ser causada por dados fracos, mas sim pela ausência total de dados, aumentando ainda mais a incerteza sobre a economia e a moeda dos Estados Unidos.
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o par continua formando sua seção de tendência de alta. A marcação das ondas ainda depende fortemente do contexto noticioso, especialmente das decisões de Trump e das políticas internas e externas da administração da Casa Branca. As metas da tendência atual podem se estender até o nível de 1,25. No momento, uma onda corretiva 4 está em formação e pode já estar completa. A estrutura da onda ascendente permanece válida. Portanto, no futuro próximo, considero apenas operações de compra. Até o final do ano, projeto que o euro alcance 1,2245, correspondente ao nível de Fibonacci de 200,0%.
Em menor escala, toda a seção ascendente da tendência é claramente visível. A marcação das ondas não segue completamente o padrão tradicional, já que as ondas corretivas apresentam tamanhos diferentes — por exemplo, a onda 2 maior é menor do que a onda interna 2 de 3. Contudo, isso é normal em mercados reais. Vale lembrar que é preferível isolar estruturas claras no gráfico a tentar conectar todas as ondas. Atualmente, a estrutura ascendente apresenta poucos sinais de dúvida.