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Dólar recua novamente e tende a seguir em segundo plano

Dólar recua novamente e tende a seguir em segundo plano

O dólar americano enfrenta mais uma rodada de fraqueza e, segundo analistas, essa tendência pode se estender até 2026. Ao longo deste ano, a moeda já demonstrou sinais consistentes de vulnerabilidade — e o cenário para o próximo ano não é mais promissor.

De acordo com um relatório do UBS Global Wealth Management, o dólar americano pode enfrentar novas desvalorizações, impulsionado por uma combinação de desaceleração do crescimento econômico nos Estados Unidos e incerteza política persistente — fatores que impõem obstáculos estruturais à valorização da moeda.

Nos anos anteriores, o ambiente era mais favorável ao dólar: a economia dos EUA superava a de seus pares globais, apoiada por uma política fiscal expansionista e forte confiança dos investidores. Esse cenário permitia ao Federal Reserve manter uma política monetária restritiva, enquanto outros bancos centrais adotavam posturas mais acomodatícias. No entanto, esse quadro se transformou.

Um dos principais vetores dessa mudança é a administração do presidente Donald Trump, que vem promovendo cortes agressivos em gastos considerados não essenciais. A intenção da Casa Branca é redirecionar esses recursos para viabilizar novos cortes de impostos. Nesse contexto, o UBS projeta uma desaceleração do crescimento econômico norte-americano nos próximos trimestres, à medida que a incerteza global afeta as decisões de investimento.

Diante desse ambiente menos favorável — marcado por crescimento mais fraco e instabilidade internacional —, os analistas do banco acreditam que o Federal Reserve pode ser levado a retomar o ciclo de afrouxamento monetário ainda antes do fim de 2025.

Ao mesmo tempo, mudanças relevantes estão em curso na política fiscal e monetária da Europa. Um ponto de inflexão foi a decisão da Alemanha de abandonar o chamado "freio da dívida". Para o UBS, essa mudança representa a maior expansão fiscal do país desde a reunificação. Combinada com o aumento dos gastos com defesa em toda a região, essa guinada pode impulsionar o crescimento da zona do euro para além de 1%.

Como resultado, o dólar tende a se enfraquecer ainda mais, enquanto o euro ganha tração. A convergência entre as trajetórias de crescimento e as direções da política econômica pode sustentar um movimento de valorização do euro frente à moeda americana. O UBS projeta que o par EUR/USD poderá alcançar o patamar de 1,2000 até o final de junho de 2026.

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