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Banco da Inglaterra inicia flexibilização monetária com foco na inflação e no mercado de trabalho

Banco da Inglaterra inicia flexibilização monetária com foco na inflação e no mercado de trabalho

Segundo projeções de analistas, o Banco da Inglaterra (BoE) manterá sua taxa básica de juros em 4,25% na reunião marcada para 19 de junho. Especialistas de grandes instituições financeiras consideram a manutenção dos juros uma estratégia prudente no cenário atual.

Estrategistas cambiais do UBS, Deutsche Bank e ING preveem que o Comitê de Política Monetária (MPC) votará majoritariamente pela manutenção da taxa. Na reunião anterior, em maio, o BoE já havia promovido um corte de 25 pontos-base, dando início a um ciclo de flexibilização monetária.

A decisão do banco central ocorre em meio a sinais econômicos mistos, com destaque para o enfraquecimento do mercado de trabalho. Nos últimos sete meses, o emprego com carteira assinada recuou 276 mil postos, sendo 109 mil demissões apenas em maio. A taxa de desemprego subiu para 4,6% no trimestre mais recente, em linha com as projeções do próprio banco central. Já o crescimento salarial no setor privado desacelerou de 6% para 5%, ligeiramente abaixo das expectativas do BoE em maio.

Apesar das fragilidades no mercado de trabalho, os analistas acreditam que a maioria dos membros do MPC adotará uma postura cautelosa quanto a novos cortes no curto prazo. Ainda assim, alguns formuladores de política podem votar por uma nova redução já nesta reunião.

A inflação segue como o principal fator a ser considerado pelo banco central. Em abril, a inflação anual foi inicialmente reportada em 3,5%, mas o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS) reconheceu um erro de cálculo, revisando o dado para 3,4%. O UBS agora projeta que o CPI de maio recue para 3,3%.

Olhando para o futuro, UBS, Deutsche Bank e ING projetam uma sequência de cortes adicionais até o final de 2025. O UBS prevê dois cortes de 25 pontos-base em agosto e novembro, levando a taxa para 3,75% até o fim do ano. O Deutsche Bank projeta cortes em agosto, novembro e dezembro, enquanto o ING aposta em cortes em agosto e novembro de 2025.

O cenário, portanto, aponta para um ciclo gradual de flexibilização, com o Banco da Inglaterra buscando equilibrar o controle da inflação e o estímulo à atividade econômica, que vem mostrando sinais de desaceleração.

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