Trump aumenta a pressão sobre Powell, pedindo sua renúncia
O presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, voltou a ocupar o centro das tensões políticas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou seus ataques contra o chefe do banco central, criticando-o sem parar e exigindo sua renúncia. Má fase para Powell.
Sem citar diretamente o rival, Trump escreveu na rede Truth Social: “’Muito tarde’ deveria renunciar imediatamente!!!” — numa crítica à suposta demora do Fed em cortar os juros.
Na mais recente onda de críticas, Trump mencionou declarações de Bill Pulte, diretor da Agência Federal de Financiamento da Habitação, que defendeu uma investigação sobre a atuação de Powell. Antes disso, o presidente do Fed já havia sido acusado de prestar um depoimento “enganoso” ao Senado americano sobre os planos de reconstrução da sede do banco central.
Diante desse cenário, Pulte também engrossou o coro, pedindo a renúncia de Powell e apoiando o apelo de Trump por cortes imediatos nas taxas de juros.
Trump insiste há tempos que o Fed deveria reduzir os juros entre 2 e 3 pontos percentuais em relação aos níveis atuais. Powell, por outro lado, alerta que as tarifas comerciais impostas pelo governo podem alimentar a inflação — justamente o fator que, segundo ele, impede o banco central de agir com cortes mais agressivos.
O aumento das investidas contra o presidente do Fed elevou as preocupações de que Trump possa destituí-lo antes do fim de seu mandato, previsto para maio de 2026. E esses temores não são apenas especulação: relatórios recentes apontam que Trump tem, sim, autoridade para nomear antecipadamente o substituto de Powell, o que enfraqueceria ainda mais sua posição.