A dívida dos EUA cresce a passos largos
Ao que tudo indica, a dívida pública dos Estados Unidos resolveu correr uma maratona solo. Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional, o país deve alcançar a impressionante marca de 143,4% do PIB nos próximos anos — superando até mesmo os lendários campeões da dívida, Itália e Grécia.
Nos próximos seis anos, estima-se que os EUA adicionem cerca de 20 pontos percentuais ao seu endividamento, tornando sua credibilidade financeira uma das mais delicadas do mundo. Enquanto isso, Itália e Grécia ainda “se orgulham” de suas dívidas históricas de 135% e 152% do PIB, respectivamente — patamares que os Estados Unidos devem ultrapassar em breve.
Os analistas também apontam que o déficit orçamentário anual americano deve permanecer acima de 7% do PIB, um sinal claro de que há turbulência no horizonte. Por ora, o país parece disposto a bater recordes em endividamento, mesmo que isso signifique conquistar o troféu de maior devedor global.
O curioso é que, apesar dessas projeções sombrias, o dólar segue firme, jogando seu próprio jogo no tabuleiro das finanças globais.
E o detalhe mais irônico? As autoridades americanas já planejam “reformatar” seus títulos de dívida, ajustando as condições dos empréstimos de longo — ou melhor, longuíssimo — prazo para reduzir os juros. Afinal, quem não gostaria de uma dívida que durasse séculos?