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08.07.2025 04:54 PM
Mercado de ações em 8 de julho: S&P 500 e NASDAQ continuam em queda

Os índices de ações dos EUA fecharam em baixa ontem, ampliando as perdas recentes. O S&P 500 caiu 0,79%, enquanto o Nasdaq 100 caiu 0,92%. O índice industrial Dow Jones recuou 0,94%.

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Os índices asiáticos encerraram o pregão com ganhos modestos, impulsionados por sinais de que o presidente Donald Trump está disposto a manter as negociações comerciais em andamento. Essa postura trouxe um breve alívio aos mercados, que estavam sob tensão após o anúncio de novas tarifas contra diversos países. A possibilidade de uma solução diplomática foi bem recebida pelos investidores, embora a cautela persista, dada a imprevisibilidade da política comercial dos Estados Unidos.

Apesar disso, o cenário macroeconômico global permanece desafiador. As tarifas recentemente impostas já estão causando rupturas nas cadeias globais de suprimentos e pressionando o crescimento econômico. Muitas empresas, diante da incerteza, têm reavaliado suas estratégias e buscado fornecedores alternativos, o que adiciona mais volatilidade ao ambiente de negócios.

No curto prazo, os investidores estarão atentos a qualquer sinal de progresso nas negociações. Notícias positivas podem desencadear uma recuperação nos mercados, enquanto indícios de um impasse podem reacender novas ondas de venda.

Mesmo sob pressão, os índices do Japão e da Coreia do Sul — ambos afetados pelo aumento das tarifas — conseguiram avançar, e o índice asiático mais amplo subiu 0,3%. O won sul-coreano também se valorizou, enquanto o índice do dólar americano recuou 0,2%. Já o euro ganhou 0,3%, sustentado pela expectativa de que os Estados Unidos apresentem à União Europeia uma proposta de acordo tarifário, fixando a alíquota base em 10%.

Na noite de segunda-feira, Trump voltou a afirmar estar aberto a negociações e anunciou o adiamento de qualquer aumento tarifário, pelo menos até 1º de agosto, o que ajudou a reduzir parte da ansiedade no mercado. Está cada vez mais claro para os investidores que as declarações sobre tarifas fazem parte da estratégia de negociação da Casa Branca, e não necessariamente representam posições políticas definitivas.

O foco agora se volta para a União Europeia, que corre contra o tempo para tentar firmar um acordo comercial preliminar com os Estados Unidos até o fim da semana. Segundo fontes da mídia, a proposta americana incluiria a manutenção de uma tarifa-base de 10%, mas com possíveis isenções para setores considerados sensíveis.

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Essa proposta representa um avanço significativo em relação ao risco iminente de uma guerra comercial em larga escala, que vinha pairando sobre a economia europeia. No entanto, a grande questão permanece: quais setores serão considerados "sensíveis" e, portanto, isentos das novas tarifas? A resposta a essa pergunta será crucial para determinar o impacto real do acordo sobre diferentes segmentos da economia europeia. Agricultura, indústria automobilística e metalurgia continuam sendo tradicionalmente os setores mais vulneráveis em disputas comerciais e, por isso, estão no foco dos analistas de mercado.

No cenário técnico do S&P 500, os compradores têm hoje um objetivo bem definido: superar a resistência imediata em US$ 6.245. Se conseguirem, isso pode abrir espaço para um movimento ascendente em direção a US$ 6.257. Outro patamar importante seria consolidar o controle sobre os US$ 6.267, o que fortaleceria ainda mais a tendência de alta.

Por outro lado, se o apetite por risco diminuir e o índice recuar, os compradores devem tentar segurar o nível de US$ 6.234. Caso esse suporte seja rompido, o índice pode rapidamente cair para US$ 6.223, aumentando as chances de uma nova queda até a região de US$ 6.211.

Jakub Novak,
Analytical expert of InstaTrade
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