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Collins afirmou, em seu discurso, que as condições econômicas globalmente favoráveis permitiam ao Federal Reserve analisar com atenção uma ampla gama de dados recebidos. Segundo ela, por esse motivo, uma abordagem paciente e cuidadosa em relação à política monetária seguia sendo a mais apropriada naquele momento.
Vale lembrar que, ao longo deste ano, a liderança do Fed optou por manter as taxas de juros inalteradas, aguardando os efeitos das mudanças agressivas na política do presidente Donald Trump, especialmente no campo do comércio internacional. A maioria dos dirigentes acredita que as tarifas devem pressionar a inflação, e os dados mais recentes sobre os preços corroboram essa expectativa.
Essa postura de "esperar para ver" tem gerado debate entre economistas e analistas. Alguns a consideram excessivamente cautelosa, alertando que taxas elevadas por um período prolongado podem levar a uma recessão. Outros, no entanto, apoiam a estratégia do Fed, apontando os riscos inflacionários como justificativa para a prudência.
Os dados de inflação ao consumidor divulgados na terça-feira mostraram que a inflação básica em junho subiu menos do que o esperado. Ainda assim, as tarifas começaram a afetar os preços de determinados produtos. Collins explicou que, de modo geral, os dados financeiros indicavam que o impacto das tarifas poderia ser amenizado por empresas que estavam reduzindo suas margens de lucro e por consumidores que continuavam comprando, mesmo diante de preços mais altos. Como resultado, ela avaliou que os efeitos negativos das tarifas sobre o mercado de trabalho e o crescimento econômico poderiam ser mais limitados.
Collins também destacou que o Federal Reserve Bank de Boston desenvolveu uma nova metodologia para medir, de forma mais precisa, como o aumento dos preços nas fronteiras impacta os preços ao consumidor nos Estados Unidos. Ela acrescentou que espera ver a inflação básica — a medida preferida pelo Fed — atingir cerca de 3% até o fim do ano, antes de começar a recuar. Em maio, esse índice estava em 2,7%.
Perspectiva técnica para EUR/USD
No momento, os compradores devem concentrar-se em reconquistar o nível de 1,1655. Apenas após essa superação será viável um teste da resistência em 1,1690. A partir daí, o par poderá avançar até 1,1720, embora esse movimento exija o apoio dos principais participantes do mercado. A meta de alta mais ambiciosa permanece em 1,1770. Em caso de retração, espera-se um aumento no interesse de compra apenas na região de 1,1590. Se esse nível não oferecer suporte, o mais prudente seria aguardar um novo teste da mínima em 1,1550 ou considerar entradas compradoras a partir de 1,1495.
Perspectiva técnica para GBP/USD
Os compradores da libra precisam romper a resistência imediata em 1,3420. Apenas após esse movimento poderão mirar o nível de 1,3464, que poderá apresentar certa dificuldade para ser superado. O alvo de alta mais distante permanece em 1,3500. Caso o par recue, os vendedores deverão tentar retomar o controle a partir de 1,3375. Se conseguirem romper essa zona, uma quebra sustentada abaixo desse patamar representará um revés significativo para os compradores, podendo levar o GBP/USD a recuar até o mínimo de 1,3335, com possibilidade de queda adicional até 1,3290.