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06.08.2025 02:28 PM
Previsão para o EUR/USD em 6 de agosto de 2025

Os dados de sentimento empresarial nos EUA divulgados ontem, referentes a julho, apresentaram um quadro misto: o PMI de Serviços da Markit subiu de 52,9 para 55,7, e o Índice Composto aumentou de 52,9 para 55,1, enquanto o índice ISM recuou de 50,8 para 50,1. O euro encerrou o dia praticamente estável, o que permitiu à mídia interpretar os dados do ISM, considerados mais relevantes como fracos. No entanto, vale destacar indicadores ainda mais significativos em termos de impacto nos preços: a balança comercial e a projeção de crescimento do PIB.

O déficit comercial em junho recuou de –71,7 bilhões para –60,2 bilhões de dólares, o melhor resultado em dois anos. Trump conseguiu reduzir o déficit acumulado em seis meses, que havia atingido um recorde histórico de –138 bilhões de dólares. Se a política tarifária mantiver esse ritmo, a balança comercial poderá registrar superávit já no próximo ano, algo que não ocorre desde 1982. Naturalmente, isso representaria um fortalecimento expressivo do dólar. Além disso, a projeção de crescimento do PIB para o 3º trimestre, segundo o Fed de Atlanta, foi elevada de 2,1% para 2,5%.

Contrariando a narrativa de fuga de capitais dos EUA, o cenário atual mostra o oposto: em maio, os investimentos estrangeiros em títulos norte-americanos somaram 318,5 bilhões de dólares.

A conta corrente dos EUA no 1º trimestre apresentou um resultado fraco, com um déficit de 450,2 bilhões de dólares, também um recorde negativo. No entanto, espera-se uma recuperação acentuada no 2º trimestre.

Ao que tudo indica, os dados mistos e pontualmente fracos, especialmente após Trump assumir maior controle sobre a divulgação dos relatórios, tendem a ser cada vez mais interpretados pelo mercado como ruído informacional. Os grandes players devem concentrar sua atenção nos fatores que, de fato, influenciam o câmbio: fluxos de capitais, inflação, rendimento dos títulos públicos e balanços dos bancos centrais. A isso se soma a diferença nas taxas de crescimento econômico entre os EUA e a zona do euro.

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Do ponto de vista técnico, observamos o euro se consolidando há três dias entre o suporte em 1,1495 e a linha indicadora de equilíbrio. A linha de sinal do oscilador Marlin segue em movimento horizontal, enquanto a linha MACD, que havia iniciado um recuo, passou a se mover lateralmente. Esse comportamento conjunto sugere um possível movimento de alta — embora com pouca força.

Caso o preço rompa abaixo do suporte em 1,1495, o caminho se abrirá para 1,1380, com potencial de queda adicional até 1,1266. Esse permanece sendo o nosso cenário-base.

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O primeiro sinal de que o preço optou por uma direção descendente seria a consolidação abaixo da linha MACD no gráfico de quatro horas (1,1540). O oscilador Marlin está caindo levemente à frente do preço, puxando-o gradualmente para baixo. No momento, aguardamos novos desdobramentos.

O cenário principal só deve ser invalidado caso o preço ultrapasse a linha MACD no gráfico diário, em 1,1774. Na prática, a faixa entre 1,1495 e 1,1774 configura uma zona de oscilação livre, influenciada predominantemente por notícias.


Laurie Bailey,
Analytical expert of InstaTrade
© 2007-2025

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