empty
 
 
15.09.2025 02:50 PM
O dólar americano segue enfrentando desafios

O dólar norte-americano continua enfrentando dificuldades, e a questão central permanece: quanto mais ele perderá antes da reunião do Federal Reserve e quanto depois.

This image is no longer relevant

O principal ponto de atenção para os investidores nesta semana é saber se os dirigentes do Fed irão contrariar as expectativas de mercado em relação a uma série de cortes de juros, que muitos economistas acreditam poder se estender até o próximo ano. Embora a decisão do Fed nesta quarta-feira seja determinante para o tom dos mercados globais — especialmente no câmbio —, não será o único evento relevante no calendário. O Banco do Canadá, o Banco da Inglaterra e o Banco do Japão também devem anunciar suas decisões de política monetária.

O destaque ficará, sem dúvida, para as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, que deverá comentar os dados mais recentes de inflação e emprego e indicar a trajetória futura da política monetária. Os mercados acompanham atentamente qualquer sinal sobre o momento de início e o ritmo dos cortes de juros. Divergências entre as expectativas do mercado e a orientação do Fed podem provocar forte volatilidade.

A recente desaceleração do processo de desinflação coloca o Fed em uma posição delicada: por um lado, manter uma política monetária restritiva aumenta o risco de recessão; por outro, flexibilizar cedo demais pode gerar uma nova onda inflacionária. O discurso de Powell será crucial para esclarecer a estratégia do banco central. Investidores esperam que ele reafirme a disposição em cortar juros ainda neste ano, mas a dúvida é quantos cortes serão programados. Ao mesmo tempo, será importante que Powell evite ambiguidades em suas declarações para não alimentar incertezas adicionais.

Os comentários sobre o mercado de trabalho também terão peso. Caso Powell manifeste preocupação com perdas de empregos — em meio à pior retração desde a pandemia — isso poderá ser interpretado como um sinal de que o Fed está disposto a acelerar os cortes de juros. Por outro lado, se enfatizar a resiliência do mercado de trabalho e tratar os problemas atuais como temporários, poderá indicar que o Fed pretende manter a política restritiva por mais tempo do que o mercado espera.

As decisões de outros grandes bancos centrais também terão relevância. O Banco do Canadá, dada a semelhança de sua dinâmica econômica com a dos EUA, pode ser pressionado a seguir o mesmo caminho do Fed. Já o Banco do Japão mantém sua postura cautelosa e o controle da curva de rendimentos, o que preocupa investidores. Qualquer sinal de disposição em elevar ainda mais as taxas pode ter impactos significativos nos mercados globais, considerando o papel do Japão como um dos maiores credores internacionais.

De modo geral, a semana promete ser movimentada e repleta de incertezas, à medida que os bancos centrais tentam navegar em um cenário econômico cada vez mais complexo.

Perspectiva técnica para EUR/USD: Agora os compradores precisam consolidar o controle sobre 1,1745. Somente assim será possível testar 1,1780. A partir daí, o par pode avançar até 1,1813, embora sem o apoio de grandes players isso seja desafiador. O alvo final está em 1,1866. Em caso de queda, a expectativa é que haja um interesse comprador significativo próximo de 1,1700. Se não houver suporte, o ideal será aguardar um novo teste de 1,1665 ou considerar posições longas a partir de 1,1630.

Perspectiva técnica para GBP/USD: os compradores da libra precisam romper a resistência imediata em 1,3590. Somente assim poderão mirar 1,3615, embora a continuidade da alta seja difícil. O alvo final está em 1,3645. Em caso de queda, os vendedores tentarão retomar o controle em 1,3525. Se forem bem-sucedidos, uma quebra desse intervalo representará um sério golpe para os compradores e poderá levar o GBP/USD em direção a 1,3495, com possibilidade de estender o movimento até 1,3458.

Jakub Novak,
Analytical expert of InstaTrade
© 2007-2025

Recommended Stories

Não pode falar agora?
Faça sua pergunta no chat.