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A configuração das ondas no gráfico horário segue simples e clara. A última onda de alta não conseguiu superar o topo anterior, enquanto a onda de baixa mais recente rompeu com facilidade o fundo anterior, confirmando a reversão para uma tendência baixista. Apesar de os dados recentes do mercado de trabalho e as expectativas em torno da política monetária do Fed oferecerem algum suporte aos compradores, os vendedores continuam encontrando razões para contra-atacar.
Na quinta-feira, o noticiário favoreceu os ursos. Dois relatórios dos EUA, ambos acima das expectativas, impulsionaram um novo e forte movimento de venda. A economia americana apresentou crescimento superior ao previsto no segundo trimestre, reforçando ainda mais o dólar. Vale destacar que o PIB do segundo trimestre já havia sido revisado para cima duas vezes. Além disso, o relatório de pedidos de bens duráveis superou de forma significativa as projeções, dando suporte adicional à moeda americana. Dessa forma, a atual valorização do dólar parece plenamente justificada. A questão que fica é: até quando esse movimento poderá se sustentar?
Na minha visão, o dólar entrou em uma "fase de sorte" que tem alimentado sua trajetória de alta. No entanto, em termos mais amplos, sua posição permanece desafiadora diante da política monetária do Fed e das políticas comerciais de Donald Trump. Ainda assim, de tempos em tempos, a moeda americana mostra que não está indefesa.
No gráfico de 4 horas, o par se consolidou acima de um canal horizontal, o que dá aos traders a expectativa de uma nova alta. As cotações retornaram ao nível de 1,1680. Um repique a partir desse ponto favoreceria o euro, abrindo espaço para a retomada do movimento de alta em direção ao nível corretivo de 161,8% de Fibonacci, em 1,1854. Por outro lado, uma consolidação abaixo de 1,1680 sugeriria a continuidade da queda rumo ao nível de 127,2% de Fibonacci, em 1,1495. No momento, não há divergências em formação.
Relatório de Compromisso dos Traders (COT):
Na última semana de divulgação, traders profissionais encerraram 4.788 posições compradas (Long) e abriram 3.130 posições de vendas (Short). O sentimento do grupo "Não-Comercial" permanece altista, em grande parte impulsionado por Donald Trump, e vem se fortalecendo ao longo do tempo. Atualmente, especuladores mantêm 253.000 posições de compra, contra 135.000 posições de venda — praticamente o dobro do lado comprado. Vale destacar ainda o número de células verdes na tabela acima, que sinaliza forte acumulação de posições em euro. De modo geral, o interesse pela moeda europeia cresce de forma consistente, enquanto a atratividade do dólar diminui.
Há trinta e duas semanas consecutivas, os grandes players reduzem suas posições de vendas e aumentam as compras. As políticas de Donald Trump continuam sendo o principal fator de influência para os traders, uma vez que podem gerar desafios estruturais e de longo prazo para os Estados Unidos. Apesar da assinatura de acordos comerciais relevantes, muitos indicadores econômicos-chave seguem em queda.
Calendário de notícias para os EUA e a zona do euro:
Em 26 de setembro, o calendário econômico apresentou quatro eventos, com o discurso de Lagarde se destacando. O impacto das notícias no sentimento do mercado tende a estar presente, mas relativamente fraco durante a segunda metade do dia.
Previsão e Dicas para Traders do EUR/USD:
A venda do par foi possível após o fechamento abaixo do nível de suporte de 1,1789–1,1802 no gráfico horário, com alvos em 1,1695 e 1,1637–1,1645, que foram atingidos. Novas posições de venda podem ser abertas em um fechamento abaixo da zona de 1,1637–1,1645, com alvos em 1,1590 e 1,1544. Hoje, podem surgir oportunidades de compra em caso de rebote a partir da zona de 1,1637–1,1645, com alvos em 1,1695 e 1,1789–1,1802.
As grades de Fibonacci estão traçadas de 1,1789 a 1,1392 no gráfico horário, e de 1,1214 a 1,0179 no gráfico de 4 horas.