Elon Musk prioriza seus negócios
O que aconteceu com Elon Musk? Estaria ele cansado da vida pública? Quais seriam, afinal, os motivos por trás de sua aparente decisão de se afastar do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE)? O fato é que Musk declarou que pretende dedicar mais tempo à Tesla — e menos à política. A prioridade agora mudou.
Para o bilionário, sua missão à frente do DOGE está “praticamente cumprida”. A declaração soou como música aos ouvidos dos investidores, que há tempos vinham expressando preocupação de que a proximidade de Musk com o governo Trump estivesse desviando sua atenção dos desafios reais enfrentados pela Tesla: vendas fracas, custos crescentes e os efeitos da guerra comercial desencadeada por Washington.
Analistas apontam que o envolvimento político desgastou a imagem da marca e afastou consumidores leais. O impacto também foi sentido no bolso do empresário, cujo patrimônio despencou mais de US$ 130 bilhões. Com a saída gradual do cenário político, espera-se que a reputação da Tesla — e seu valor de mercado — comecem a se recuperar. Segundo Gene Munster, sócio da companhia de investimentos em Minneapolis, Deepwater Asset Management, o afastamento de Musk do DOGE é o "mínimo necessário" para começar esse processo de reconstrução.
Em nota oficial, Musk confirmou que manterá algum nível de colaboração com a Casa Branca, mas de forma bem mais limitada. “A partir de maio, o tempo que dedico ao DOGE será consideravelmente reduzido”, afirmou o CEO da Tesla e da SpaceX.
Chama a atenção que, mesmo após declarações otimistas de figuras do governo, como o secretário de Comércio Howard Lutnick — que disse ser “impossível” as ações da Tesla caírem abaixo de US$ 235 —, os papéis da empresa chegaram a despencar para US$ 214 no início de abril.